Os presos envolvidos na rebelião na delegacia de Mata de São João, na manhã desta sexta-feira (24), são de alta periculosidade, segundo o delegado responsável pela carceragem Marcos Laranjeiras. "Carceragem de delegacia não é o local adequado para presos, e sim os presídios, mas o déficit de vagas nas cadeias nos leva a situações como essas de hoje", explicou Laranjeiras. Os 40 presos da delegacia estavam detidos em oito celas, com capacidade para 20 detentos. "A superlotação naturalmente já causaria um desconforto para os presos, mas o fato de eles serem, em sua grande maioria, de alta periculosidade, só agravou este fato", afirmou o delegado. Ainda segunda Laranjeiras, a população carcerária era formada por homicidas, assaltantes de estabelecimentos comerciais e traficantes de facções rivais. "Eram constantes os casos em que rivais se ameaçam de morte no pátio da carceragem", disse. Na rebelião, os detentos colocaram fogo em colchões, destruíram as grades e cadeados das celas e as outras instalações da delegacia. "Parte da delegacia está em reforma e há muita gente, entre operários e policiais circulando por aqui no momento do incêndio, que podia ter atingido todas nossas instalações", explicou. O delegado ainda apontou um dos detentos como o responsável por incentivar o restante a destruir a carceragem. De acordo com Laranjeiras, no dia 20 de julho, Alexandre dos Santos chegou à delegacia transferido do presídio de Serrinha, depois de ter cometido um homicídio em Mata de São João. "Esse preso veio de um presídio de segurança máxima e desde que ele chegou tem influenciado o comportamento dos outros. A postura dele, somada a todos os problemas carcerários, foram o estopim para a rebelião de hoje", afirmou. Como as celas ficaram danificadas, os presos foram transferidos na tarde de hoje para o presídio de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Os detidos em Mata de São João devem seguir para as carceragens de Dias D'Ávila e Pojuca. Matéria original: Correio 24h Presos envolvidos em rebelião são de alta periculosidade, diz delegado
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