Foto: Reprodução/TV Santa Cruz
A família de Feliphe Soares, criança de dois anos que furou o olho direito com um prego em Teixeira de Freitas, cidade do sul da Bahia, espera a retirada dos pontos colocados durante uma cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. O acidente aconteceu em outubro do ano passado e o garoto está a espera há um mês.
A mãe Keyliane Soares não sabe explicar exatamente como o acidente ocorreu, mas conta que ficou desesperada ao ver a situação. "Eu achei estranho né porque a banda do olho dele estava estufada para fora. Fiquei desesperada, sem saber o que fazer, minha vida só era chorar", afirmou.
O pequeno foi atendido na Unidade Municipal Materno Infantil, localizado em Teixeira de Freitas, e, depois transferido para o HGE, onde foi feita a cirurgia no dia 30 de outubro. "Correu tudo bem. O médico disse que correu tudo bem com a cirurgia dele", disse Keyliane.
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Após o procedimento cirúrgico, a mãe de Feliphe acreditou que o problema estivesse resolvido. O retorno para a retirada dos pontos estava previsto para até dois meses após a operação. O prazo seria em dezembro de 2021.
Mas, de acordo com Keyliane, quase três meses após a data estabelecida, Feliphe segue com os pontos. A mãe do garoto afirma que está tendo dificuldades para retornar porque saiu do HGE sem o encaminhamento para retorno ao Hospital, apenas com a orientação do cirurgião. "O cirurgião só falou para mim de boca que com dois meses tinha que voltar para lá para fazer a retirada dos pontos e fazer a revisão do olho dele. Só que eles não me deram papel com a data certa de voltar para lá", afirmou.
"Como é que eu vou para lá com ele sendo que não tem nenhum papel? O caso dele não é de urgência e lá só recebe casos de urgência e emergência", questionou.
Feliphe recebeu alta um dia após a cirurgia, e, durante os últimos meses, ele passou por outros oftalmologistas em Teixeira de Freitas, que diagnosticaram catarata total traumática, com risco de cegueira irreversível. A mãe da criança disse que não sabe mais o que fazer para conseguir atendimento para o filho. "É muito difícil ver ele desse jeito, mas ele está assim, brinca, corre não sabe o que está acontecendo. Eu quero resolver esse problema porque não pode ficar desse jeito. Eu vou até o fim, não vou deixar meu filho desse jeito, não vou", desabafou.
A Prefeitura de Teixeira de Freitas disse que orientou a mãe de Feliphe a procurar o Hospital Geral do Estado, que tentou agendar o retorno ao hospital, mas não conseguiu. Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia informou que os pacientes que fazem cirurgias no HGE podem retornar para revisão. Com relação ao caso de Feliphe, a Sesab disse que a família pode buscar atendimento na próxima quinta-feira (24).
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Redação iBahia
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