Corpo de músico e maestro Sergio Souto é sepultado em Salvador

O corpo do maestro, compositor, arranjador e professor Sergio Souto foi sepultado ontem, no Cemitério Campo Santo. Souto tinha 63 anos e havia sido submetido a uma cirurgia para tratar de uma trombose do mesentério - formação de coágulo na parede instestinal-, mas não resistiu. Nascido no Rio de Janeiro, o músico estudava Arquitetura em sua cidade natal quando, aos 21 anos, decidiu abandonar o curso para ingressar na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde estudou composição e regência.Depois de formar-se, em 1978, foi estudar arranjo na Berklee College of Music, em Boston, nos EUA. Também especializou-se em composição em Nova York. Ainda nos anos 70, na Bahia, participou da criação de dois importantes grupos instrumentais: a Banda do Companheiro Mágico e o Sexteto do Beco. A primeira tinha, entre seus quase 20 integrantes, Toni Costa, Ari Dias e Zeca Freitas. O músico Tuzé de Abreu, que também participava da banda, lembrou do amigo: “Sergio foi uma pessoa fundamental para a música, principalmente porque formou muita gente. O Sexteto do Beco tem um disco importantíssimo que se tornou cult até no Japão”. Daniel Rangel, curador de arte e filho de Sergio Souto, disse que, apesar da tristeza pela perda do pai, o sentimento de alegria estava presente na cerimônia que antecedeu o enterro: “Tivemos uma comemoração musical que começou cedo, às 10h manhã. Foi música o dia todo e mostramos o legado que ele deixou não só como músico, mas também como educador. Ele acreditava e demonstrava que a música era capaz de transformar as pessoas”. Souto foi professor das escolas de Dança e de Música da Ufba. Ele foi também fundador da AMA - Academia de Música Atual. Souto contribuiu, ainda, nos arranjos de álbuns como Breakout, de Jimmy Cliff, Encontro das Águas, de Fafá de Belém, e Rotas, de Manuela Rodrigues. Matéria original: Correio24h Corpo de músico e maestro Sergio Souto é sepultado em Salvador