Se você deseja se qualificar para o mercado, conseguir um emprego, abrir ou expandir um negócio próprio, preste bem atenção a esta lista: agronegócios, energia, mineração, indústria naval e de óleo e gás, turismo, tecnologia da informação e transformação plástica. Essas são as sete áreas mais promissoras da economia baiana para os próximos anos, tanto em investimentos já anunciados como em oportunidades para a abertura de novos negócios. O tema foi abordado ontem no Fórum de Oportunidades de Investimentos na Bahia, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais da Bahia (Lide) e pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), na sede da Fieb. Entre as áreas mais promissoras e geradoras de mais oportunidades de negócios está o setor agrícola. Empresário do ramo e presidente da Associação Comercial de Matão, o palestrante Augusto Coelho destacou que a Bahia tem um enorme potencial de crescimento em seus três principais eixos agrícolas: a agroindústria dos grãos no Oeste do estado, o polo fruticultor do Vale do São Francisco e a indústria de base florestal, predominante no Sul, mas em expansão em outras regiões. “O agronegócio para a Bahia é um dos setores em que temos um grande potencial de crescimento. De 2003 a 2013, enquanto a área plantada cresceu 257%, a produção aumentou 378%. Ainda tem um terço para explorar. Em 10 anos, a produção agrícola tem potencial para dobrar”, calculou. Outra área em franca expansão é a produção de energia. “O setor eólico está se expandindo muito, porque a Bahia tem os melhores ventos do Brasil e do mundo. Mas o setor de energia solar também é uma grande promessa”, afirmou Ney Maron, diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Renova Energia, empresa que atua no setor. “Só na Renova Energia, já temos projetos que ampliam em 12 vezes o que produzimos em energia eólica no estado. Os principais vetores de crescimento são o Semiárido e o Sudoeste do estado, além da Chapada Diamantina”, afirmou. Com 14 parques eólicos prontos e outros 15 em construção, a empresa pretende ampliar esse número para 300. A instalação de empresas fornecedoras de equipamentos para o setor em Camaçari, como a Alstom e a Tecsys, também gera novas oportunidades. Outra área em expansão é a mineração. O estado tem investimentos previstos na mineração de pelo menos R$ 7 bilhões nos próximos anos. Entre os principais produtos, há o minério de ferro, que será explorado pela Bamin em Caetité, a bauxita na região de Jaguaquara (Alcan), além do vanádio e do tálio. A expansão dos negócios da Petrobras, com a descoberta do pré-sal, e a chegada de novas empresas do setor de óleo e gás ampliam as oportunidades no estado, sobretudo para empresas fornecedoras de equipamentos para a indústria e prestadores de serviços. Cerca de R$ 4 bilhões estão previstos para a exploração de petróleo nas bacias de Tucano Sul, do Recôncavo e do São Francisco. Outro vetor de oportunidades é a indústria naval, sobretudo para a construção de navios para a exploração do pré-sal, com a construção do Estaleiro Enseadas do Paraguaçu (EEP), em Maragogipe, com investimentos de R$ 2,6 bilhões. O turismo, a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e a indústria de transformação plástica são as outras três promessas. InfraestruturaPara que boa parte desses investimentos se concretize, no entanto, é necessário que obras de infraestrutura como a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, próximo a Ilhéus, se concretizem. Dessas obras depende, por exemplo, a ampliação dos investimentos do setor agrícola e da indústria mineradora. “A área da infraestrutura e logística é preocupante, temos que melhorar bastante. Precisamos melhorar o Porto de Aratu, construir o Porto Sul e resolver a construção da Fiol”, cobrou o presidente da Fieb, José de Freitas Mascarenhas.
Empresários comemoram maior produção industrial Ontem, na sede da Fieb, os empresários comemoraram o crescimento da produção industrial na Bahia, que foi puxado, sobretudo, pelos setores com atuação no Polo de Camaçari. O PIB da indústria cresceu 3,1% na passagem de maio para junho de 2013, na série com ajuste sazonal, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física Regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quinta-feira. Na comparação com junho de 2012, o crescimento na Bahia foi de 9,9%. No acumulado do ano (janeiro a junho de 2013), o crescimento é de 5,9%, mesmo índice registrado para os últimos 12 meses. “Esse é um bom resultado, que deixa os empresários mais interessados em investir no estado”, considerou o diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Braskem, Emannuel Lacerda. José de Freitas Mascarenhas, presidente da Fieb, também comentou o resultado. “É um resultado positivo, mas precisamos ter parcimônia para comemorar. É preciso aguardar alguns meses para ver se esse resultado mostra um crescimento continuado ou se foi algo pontual”. Matéria original do Correio Conheça as 7 áreas de negócio mais promissoras na Bahia
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