A Polícia Federal começou a investigar a Katiara em 2013 com a Operação Tríade. Entre 2013 e 2014, a PF aprendeu da facção 2,5 toneladas de maconha e 513 kg de cocaína, um montante estimado em R$ 52 milhões. “Acredito que foi um golpe duro na organização criminosa”, declarou o delegado Leonardo Almeida Rodrigues, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF. Para o delegado Leonardo Almeida Rodrigues, a Katiara está longe de ser uma simples quadrilha de traficantes, mas sim “uma cópia quase do PCC. Uma prova disso é o Estatuto da Katiara, divulgado pela imprensa”, disse o delegado, referindo-se à matéria do CORREIO, que, no dia 2 de agosto divulgou com exclusividade o documento da facção, inspirado nos moldes do PCC (veja alguns trechos do documento abaixo) “É um grupo muito bem organizado. Tem seus chefes, pessoas mais próximas ao líder da facção que pede conselhos de como agir, que administram os negócios. Tem os gerentes, pessoas que distribuem as drogas para ele (Roceirinho). São esses que viajam para finalizar o acerto com Alemão e contratam alguém para trazer a carga de lá para a Bahia. Além disso, tem os soldados, moradores dos bairros que fazem a segurança das bocas”, emendou o delegado.TRECHOS DO ESTATUTO (ERROS DE PORTUGUÊS MANTIDOS) INTRODUÇÃO
“A todos os irmãos que foi fundado O Primeiro Comando do Recôncavo de Nazaré das Farinhas, que sua hierarquia é chamada Katiara, que foi fundada no dia 16/10/2013. (...) Era o momento certo, de fundar a facção Katiara em prol de trazer uma nova imagem com transparência e verdade para fortalecer o crime no estado da Bahia”CONFLITOS E ALIANÇAS
“Deixando para todos os irmãos da Katiara e todos os criminosos cientes (...) que o nosso objetivo é fortalecer todos os criminosos sem exceção, independentemente de ser nossos irmãos e nossos amigos, estamos juntos para fazer o certo respeitando sempre os espaços de todos, para todos respeitar nosso espaço”SELEÇÃO DE MEMBROS
“Não aceitamos em nossa facção caguetes (delatores), homossexual, estupradores, pedófilos e talaricos e usuários de crack e outras coisas que fere a ética do crime”CAIXINHA
“Todos os integrantes que são da facção, terá obrigações de informar o nome da favela da cidade onde mora e de quantos irmãos faz parte da quebrada para poder usufruir dos benefícios que será fortalecidos, passar o nome de todos os irmãos e companheiro leal para que possam ter (...) suas matrículas de batismo, para passar para o responsável do gravata, para que estes benefícios sejam realizados. Todos os integrantes que estiverem na rua é obrigado pagar caixinha no valor de R$ 100 mensais todo dia 15 de cada mês”
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