Oito ex-integrantes da banda de pagode New Hit, condenados pelo crime de estupro, vão ter que voltar a prisão, de acordo com decisão judicial proferida nesta terça-feira (24). De acordo com a assessoria da Polícia Civil, até as 18h, as equipes da Polinter já haviam cumprido cinco dos oito mandados de prisão, expedidos pela comarca de Ruy Barbosa, no Centro Norte do Estado, onde, em agosto de 2012, os músicos abusaram sexualmente de duas adolescentes após um show. A condenação ocorreu em 2015, mas os réus ainda recorrem da decisão.
No final de agosto desse ano, os oito condenados – cada um pegou 11 anos e oito meses de prisão, em primeira instância –, tiveram a pena reduzida para 10 anos. Apesar da decisão, ainda cabe novo recurso. Foram condenados Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Edson Bonfin Berhends dos Santos, Willian Ricardo de Farias, Weslen Danilo Borges Lopes, Michael Melo de Almeida, John Ghendow de Souza Silva, Guilherme Augusto Campos Silva e Alan Aragão Trigueiros.
Em maio de 2015, todos os 10 suspeitos foram condenados a 11 anos e oito meses de prisão pela juíza Márcia Simões Costa, titular da Vara Crime de Ruy Barbosa. No entanto, os réus Carlos Frederico Santos de Aragão, à época segurança do grupo, e Jeferson Pinto dos Santos, um dos componentes, acabaram sendo absolvidos na decisão mais recente.
Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da Recorda Bahia, o advogado Kleber Andrade, que representa parte dos réus, criticou a decisão de manda-los de volta para a prisão. “Fui pego de surpresa. Acho que a decisão é equivocada, porque o processo ainda encontra-se em grau de recurso no TJ-BA e não poderia ser expedido esse mandado de prisão, nem feito a execução provisória, como foi feita lá em (cidade de) Ruy Barbosa”, criticou o defensor. A assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) não foi localizada para comentar a decisão.
Sentença em 2015
A decisão de condenar os oito integrantes - além do segurança e do outro músico absolvidos posteriormente -, foi expedida em 6 de meio de 2105 pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Crime de Ruy Barbosa, onde aconteceu o crime, e divulgada pelo TJ-BA.
De acordo com a decisão, os dez acusados deveriam cumprir a mesma pena, inicialmente, em regime fechado. Mas os músicos e dançarinos estavam em liberdade e, de acordo com a sentença, ficariam soltos até que o processo transite em julgado, ou seja, até que todos os recursos sejam esgotados.
A juíza justificou a decisão com base no comportamento dos réus. "Os acusados se encontram em liberdade, tendo acorrido a todos os chamamentos que a eles foram endereçados, razão pela qual, à míngua dos motivos autorizadores da custódia cautelar, concedo-lhes a benesse de aguardarem em liberdade”, informava a sentença.
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Redação iBahia
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