Novos focos de incêndio atingiram neste sábado (12) a região do Morro do Ouro, em Barra da Estiva, na Chapada Diamantina."O fogo chegou ao Morro do Ouro e já queimou mais de 50% do morro (...) Há muito fogo mesmo, muita fumaça, não estamos conseguindo combater o fogo. Queimou tanto lá, que na comunidade de Campo Grande, que fica ali perto, o pessoal ligou para a gente com medo da fumaça e do fogo chegar lá. O fogo está muito violento", afirma Edvaldo Miranda Alves, presidente da Brigada de Barra da Estiva.
Segundo ele, ainda não chegou à cidade nenhum auxílio do governo, mas a prefeitura está ajudando com alimentação e carro para os brigadistas. "Ainda não teve nenhuma vítima nem casa atingida", acrescenta Edvaldo. Este é o segundo foco de incêndio na cidade - o primeiro foi no último domingo. "No início achamos que foi por um raio, agora estou achando que foi fogo mesmo que botaram", afirma. Veja cenas do incêndio no Morro do Ouro: Já o incêndio que ameaçou o Vale do Capão, no município de Palmeiras, sexta-feira, foi extinto. Mas, segundo a Associação dos Condutores de Visitantes do Vale do Capão, a situação ainda é crítica “devido ao clima seco, alta temperatura e desgaste de pessoal e material”. Além das três aeronaves providenciadas na última sexta-feira pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), hoje foi liberada a quantia de R$ 500 mil para equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras, facões, enxadas e luvas. “Compramos tudo que tinha em Salvador. Só de mochilas costais foram 50”, disse o secretário Eugênio Spengler. O material deve chegar neste domingo. O secretário anunciou também mais um helicóptero em Lençóis, onde o fogo podia ser visto na sede na cidade na última sexta, e a contratação de outro até terça. Para Homero Vieira, presidente da Brigada de Andaraí, outra cidade atingida, o número de mochilas costais é insuficiente. Três focos no Parque Nacional da Chapada Diamantina se mantêm. “Vamos receber mais 18 brigadistas”, conta Marcela de Marins, analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio). Segundo ela, mais de 15 mil hectares do parque foram queimados. Turismo Não é apenas a reserva ambiental que tem sido afetada pelos incêndios florestais na Chapada Diamantina. De acordo com a Associação dos Condutores de Visitantes de lençóis (ACVL), o turismo teve uma queda de cerca de 50% no município de Lençóis após o aumento na proporção dos incêndios no último mês de outubro. "Esses incêndios afastaram muitas pessoas. Tivemos um impacto muito grande, uma queda de cerca de 50% no turismo", conta o guia turístico Arnaldo Jesus. O guia afirma que 2015 estava sendo um ano bastante positivo para o turismo na Chapada antes da grande proporção dos incêndios. "A rede de hotelaria, mesmo na baixa estação, estava com lotação de cerca de 60% antes dessa situação", pontua.
(Foto: Divulgação) |
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