Cesta básica baiana registra alta de preço no mês de julho

A cesta básica registrou alta de preço em Salvador como aponta pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), dentre os produtos relacionados o tomate é o que apresentou maior alta neste mês. A cesta teve uma variação positiva de 1,13% em junho na comparação com o mês anterior. Assim, a cesta passou a custar R$ 204,69, contra os R$ 202,40 registrados em maio. Em junho, a cesta de Salvador passou a ser a 2ª mais barata dentre as 17 capitais pesquisadas, ficando atrás apenas de Aracaju. Nos últimos 12 meses (julho de 2010 a junho de 2011), o custo dos alimentos básicos apresentou queda de 1,52% na capital baiana. Em junho de 2010, a cesta de Salvador custava R$ 207,85. A cesta básica calculada pelo DIEESE é composta de 12 produtos, conforme definido pelo decreto-lei 399 de 30 de junho de 1938. A alta no custo da cesta básica, em Salvador, reduziu o poder de compra do trabalhador que ganha um salário mínimo. Em junho, este trabalhador comprometeu 40,82% de seu rendimento líquido com a cesta básica, percentual superior ao comprometido em maio, que foi de 40,37%. O rendimento líquido do salário mínimo, atualmente, é de R$ 501,40. Esse valor equivale ao salário mínimo bruto de R$ 545,00 após o desconto de 8%, referente à contribuição previdenciária. Produtos Dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Salvador, apenas cinco registraram alta de preços em junho. Desses, o feijão e a manteiga registraram leve variação: 0,41% e 0,59%, respectivamente. As demais altas foram as do preço médio do tomate (9,35%), da banana (5,13%) e do óleo de soja (1,29%). Dentre os produtos que registraram queda de preço, as maiores reduções foram do preço da farinha de mandioca (-5,29%), do leite (-3,30%) e do açúcar (-2,46%). Após 2 meses em queda na capital baiana, o preço médio do tomate subiu 9,35% em junho. No ano, a alta acumulada é de 46,20%. A banana, assim como o tomate, se caracteriza por apresentar comportamento oscilante de preços, alternando períodos de baixa com períodos de alta. Em junho, a variação no preço médio da banana foi de 5,13%, acumulando alta de 23,74% no ano. O preço médio do óleo de soja também registrou alta no último mês (1,29%), apesar de estar em plena colheita da safra de soja. As cotações nos últimos meses estavam valorizadas tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. O preço da farinha de mandioca caiu 5,29%. O avanço da safra e a lentidão no mercado de derivados da mandioca puxaram para baixo as cotações da mandioca. Apesar da entressafra em regiões produtoras, o preço médio do leite registrou queda de 3,30% em junho. O preço médio ao produtor, no entanto, já mostra recuperação e pode ser repassado a preço final nos próximos meses, até que a oferta volte a se regularizar com a próxima safra.Em plena safra da cana, o preço médio do açúcar voltou a registrar queda em junho (-2,46%), a terceira seguida. Apesar das usinas estarem priorizando a produção de etanol, para equilibrar o mercado doméstico de combustível, o preço do açúcar segue em queda por causa do aumento da oferta. O preço da carne bovina registrou redução de 1,15% em junho. A redução da demanda e o aumento da oferta puxaram para baixo o preço da arroba de boi gordo nos últimos meses. Apesar de ter registrado redução de 1,60% em junho, o preço médio do arroz pode subir nos próximos meses. O mercado do grão tem apresentado sinais de recuperação, com a reação no preço ao produtor no mercado interno.Em plena colheita da safra e sofrendo freqüentes oscilações nas cotações, o preço médio do café caiu 0,96% na capital baiana em junho.