Quatro anos atrás, outro caso de estupro coletivo chocou a Bahia e o Brasil. Duas adolescentes - na época, com 16 anos - foram estupradas por nove integrantes da banda New Hit, na cidade de Ruy Barbosa, no Centro-Norte do estado. Hoje, as duas vítimas vivem escondidas, segundo a coordenadora da Marcha das Vadias Nacional e na América Latina, Sandra Muñoz.
“Uma está escondida e a outra vive num lugar em que ninguém vive muito próximo dela. A vida delas mudou totalmente. É triste ter que mudar nossa vida por causa de um homem, por causa de macho. Enquanto isso, eles acabaram com a banda, mas continuam fazendo show”, apontou Sandra, referindo-se à sentença que, no ano passado, condenou os integrantes da banda a 11 anos e oito meses de prisão. Ainda segundo Sandra, uma das jovens chegou a ligar para ela, depois que soube do caso do Rio de Janeiro.
“Ela ligou chorando, dizendo que para ela foi doloroso, que voltou tudo que aconteceu naquele dia. A sociedade não coloca que quem é culpado é o homem, por isso, esses caras ficam impunes”. Na época da sentença, o advogado do grupo, Kléber Andrade, afirmou que eles deveriam responder em liberdade, já que a defesa entraria com recurso. Nenhum representante da banda foi localizado ontem, mas, nas redes sociais, o ex-vocalista Eduardo “Dudu” Martins aparece com contato para shows em Belo Horizonte.
Ontem também fez um ano do estupro coletivo de quatro adolescentes em Castelo do Piauí, no Piauí, que ainda foram jogadas de um penhasco. Uma das meninas, de 17 anos, morreu, após a barbárie cometida por quatro adolescentes e um homem maior de idade.
Em Bom Jesus, também no Piauí, no último dia 20, outro caso estarrecedor: uma garota de 17 anos foi estuprada por cinco rapazes. Ontem, a Justiça piauiense determinou que quatro adolescentes fossem soltos. O quinto suspeito, de 18 anos, foi encaminhado ao presídio.
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Redação iBahia
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