Foto: Reprodução/Redes Sociais
Brasileiros que moram na Ucrânia e em países que fazem fronteiras com o país, continuam a relatar os momentos que tem vivido após ataque da Rússia ao país ucraniano desde a última quinta-feira (24). Este é o caso de Alexandre Dias, que mora em Varsóvia, capital da Polônia, há 15 anos.
Em entrevista a TV Bahia, o brasileiro falou sobre a situação das fronteiras no país, que tem recebido refugiados ucranianos desde o início do confronto. Segundo o gerente administrativo, outros brasileiros tem tentado ajuda compatriotas que moram na Ucrânia, a saírem do país.
"Pessoas que estão perguntando como atravessar da Ucrânia para a Polônia, a gente está tentando orientar de alguma forma, de quais cidades essas pessoas poderiam vir, de quais fronteiras. As fronteiras sim estão abertas parcialmente, mas com o registro, até para que não haja a entrada de pessoas não queridas, digamos assim, no país", explicou.
"Foram abertas outras fronteiras que estavam fechadas também, entre a Ucrânia e a Polônia, para facilitar o acesso dos refugiados".
Alexandre também falou que tem conversado com pessoas que tem interesse de passar férias no país. A recomendação é de que não viagem.
"A gente conversa com as pessoas que estão querendo vir passar férias aqui na Polônia, a gente recomenda que não venham", disse.
Ainda segundo o baiano, as principais vias de acesso à Polônia estão congestionadas, por conta da quantidade de refugiados chegando ao país.
“Todas as estradas do norte, de quem vêm da Ucrânia para a Polônia, principalmente nas fronteiras, já estão totalmente engarrafadas. Tem muita gente vindo da Ucrânia para a Polônia, muita gente indo para a Romênia, para a Hungria, Eslováquia. Um amigo, ontem [quinta, 24], estava vindo do norte para Varsóvia e disse que todas as estradas estavam cheias, os postos de gasolina estavam cheios", disse.
"É mais ou menos esse o cenário das pessoas que estão refugiadas. A Polônia já antecipou a preparação dos refugiados, e estamos esperando um milhão e 500 mil pessoas. Já tem abrigos disponibilizados”.
De acordo com ele, apesar da tensão no país vizinha, a situação na Polônia é pacífica. Alexandre explicou que a chegada dos ucranianos mudaram alguns hábitos dos poloneses, como consumo no mercado e postos de gasolina.
“No momento, a situação na Polônia está controlada. As pessoas estão correndo atrás dos postos de gasolina para encher o tanque, os supermercados já estão bastante cheios [de pessoas]. Não posso dizer que estão vazios [de alimentos], mas a frequência de compras está acima do normal. No momento, estamos vivendo normalmente, a vida está normal. Estamos trabalhando, o comércio está funcionando, está tudo controlado”, ponderou.
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Redação iBahia
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