Uma mulher de 45 anos, residente em Salvador, é o primeiro de reinfecção do novo coronavírus de variante encontrado na África do Sul no Brasil. De acordo com as informações divulgadas pelo Governo da Bahia, ela contraiu a Covid-19 duas vezes em um intervalo acima de 90 dias, conforme laudos emitidos pelo Hospital São Rafael em maio e outubro de 2020.
Foi observada, na sequência genética do vírus presente no segundo episódio, a mutação E484K, que é uma mutação identificada originalmente na África do Sul. Esta mutação é preocupante porque atinge uma região crucial do vírus e pode torna-lo mais transmissível.
Outros 118 casos suspeitos de reinfecção estão sendo investigados no estado da Bahia em pacientes com faixas etárias de 5 a mais de 80 anos. Deste total, há 82 notificações para o sexo feminino e 36 para o sexo masculino.
Em 22 de dezembro de 2020, o Hospital São Rafael comunicou oficialmente a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) sobre o caso suspeito de reinfecção. A partir das análises das amostras sequenciadas pelo Núcleo de Vigilância Genômica em tempo real do SARS-CoV-2 no Brasil, do qual o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia faz parte, foram obtidas as seguintes conclusões:
1. As duas amostras agrupam-se em dois lados distintos e pertencem a duas sublinhagens diferentes: B.1.1.33 a amostra da primeira coleta e B.1.1.248 a amostra da segunda coleta;
2. Apresentam um perfil de mutações diferentes;
3. A identificação na amostra referente a segunda coleta (caso de reinfecção) da mutação encontrada na nova variante da África do Sul na proteína Spike localizada no RDB (E484K).
Para além do sequenciamento genético foram realizados outros exames, a exemplo da quantificação de anticorpos anti-SARS-CoV-2, coletados em momentos distintos do caso em questão.
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Redação iBahia
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