O soldado da polícia militar André Luís Neves, baleado durante uma festa em Praia do Forte, em Mata de São João, negou que tivesse atirado contra a multidão e acusa o diretor da Cadeia Pública do Estado da Bahia, capitão da PM Pablo Fagner Araújo Carvalho, de cometer o atentado. As informações foram divulgadas pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspras) e confirmadas pelo advogado Tiago Dinoemerson, que representa o soldado. "Ele não fez nenhum disparo. Ele estava na festa quando foi imobilizado pelos seguranças por ordem do capitão Pablo e baleado", afirmou Dinoemerson.
O advogado não soube dizer o que teria motivado a agressão. Neves é lotado na 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Lobato). Ele foi atingido no abdômen e nas pernas. Ele foi socorrido para Hospital Geral Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, passou por uma cirurgia e ficou um tempo internado na UTI. "Ele ainda está sob tratamento, mas está fora de perigo", disse Dinoemerson.O crime aconteceu no dia 26 de março, durante a festa Garota White, em um show do cantor Wesley Safadão. A assessoria da Polícia Militar divulgou na época que o soldado Neves participava do evento como espectador quando começou a atirar no meio do público. A nota dizia também que outro PM, que trabalhava na festa como segurança, revidou e atirou na direção de Neves. Um segurança do evento, que não foi identificado, também acabou atingido de raspão na região das nádegas. AcusaçõesAlém de acusarem o diretor e capitão de atirar contra o soldado, a Aspra e o advogado de Neves disseram que a arma do PM, uma pistola 380, foi apresentada sete horas depois do crime na Corregedoria da Corporação, enquanto a arma do capitão não foi apresentada naquele dia. "A denúncia chegou ao coordenador de comunicação da Aspra, soldado Alexandre Santos, na tarde desta segunda-feira (11/04), depois de longo período de internação do militar. Conforme denúncias de testemunhas em depoimentos na Corregedoria da Polícia Militar, o capitão prestava serviço de segurança clandestino no evento e atirou quando o policial estava desarmado e ajoelhado", diz a nota da Aspra.O advogado disse que ainda não teve acesso aos detalhes do processo, apesar de o crime ter acontecido há três semanas. Procurada, a assessoria da Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o assunto. Assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou que como o diretor não estava de serviço no momento do fato e nem nas imediações da Cadeia Pública, não vai comentar o caso. O CORREIO ainda não conseguiu contato com o diretor e capitão Pablo Fagner Carvalho.
No local se apresentaram Wesley Safadão, Pedrinho Pegação e Israel Novaes |
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