Dois anos depois de confessar ter matado a facadas o coreógrafo e bailarino Augusto José da Purificação da Conceição, nome artístico Augusto Omolu, 50 anos, Cléverson Santos Teixeira, o Bobó, 22, foi preso novamente. Segundo a assessoria da Polícia Civil, ele passou cerca de um ano preso, mas recebeu o direito de responder ao processo em liberdade. Desta vez, ele foi preso durante uma tentativa de assalto em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ainda segundo a assessoria, Cléverson foi surpreendido por uma guarnição da polícia militar, quando tentava roubar uma motocicleta e o celular de uma vítima. Ele foi conduzido à 23ª Delegacia (Lauro de Freitas) e autuado em flagrante por tentativa de roubo. Cléverson ficará custodiado na carceragem da unidade, aguardando transferência para o sistema prisional. A assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que a liberdade foi concedida a Cléverson em fevereiro deste ano, depois que a defesa dele entrou com um recurso. Ele será submetido a júri popular por conta do homicídio.
AssassinatoEm junho de 2013, o coreógrafo e bailarino Augusto Omolu foi encontrado morto do sítio onde morava. O caso gerou repercussão, sobretudo, porque o dançarino era reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade do trabalho que desenvolvia.Cerca de dois meses depois a polícia prendeu Cléverson. Na época, ele contou que conheceu o bailarino em um bar e disse que recebeu R$ 100 de Omolu para fazer um programa, mas que os dois se desentenderam durante a relação.O suspeito contou ainda que foi até a cozinha, pegou uma faca e golpeou o bailarino diversas vezes na região do pescoço. Omolu morreu no local. Após o crime, Cleverson pegou o celular da vítima e fugiu.Ele vendeu o aparelho para comprar drogas e, através dos compradores, os investigadores chegaram até o suspeito. Aldair Iran, José Cláudio Andrade Lima, o Lubi, e Paulino dos Santos, informaram sobre a localização de Cléverson e ele foi preso em casa, no bairro de Portão.A polícia informou na época que o suspeito responderia por homicídio doloso e furto. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio e 1 a 4 anos pelo furto do celular. A polícia informou também que Cléverson já havia sido preso em 2011, quando roubou um celular e R$ 200 de uma mulher na região de Itinga. Ele cumpriu seis meses de pena.
Cléverson (à esquerda) confessou ter matado o bailarino (à direita) a facadas durante um programa(Foto: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO) |
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