Um vídeo gravado dentro da 23º delegacia, localizada em Lauro de Freitas, na madrugada deste domingo (3), registrou o momento de desentendimento entre a advogada Thalita Coelho Duran, um policial militar e o delegado plantonista Giovani Paranhos Santos. As informações são do G1 Bahia.
Em entrevista ao G1, Thalita afirmou que estava no local para advogar para um dos quatro jovens presos sob acusação de tráfico de drogas mas, após conversar com as famílias, ficou acertado que ela defenderia todos os detidos. De acordo com ela, foi após essa decisão que ela receber a primeira ofensa do delegado.
"Ele disse: 'Agora você garantiu o seu honorário do fim de semana'. Eu não disse nada a ele", relatou ao G1.
A advogada contou ainda que foi impedida por Giovani de conversar com clientes após os depoimentos. Ela disse também que só teve acesso a um dos testemunhos dos quatro presos e que o delegado pediu para que ela assinasse o documento sem ler. Ao ser contrária ao procedimento, Thalita afirmou que foram proferidas agressões verbais contra ela e foi impedida de sair da sala.
"Ele mandou eu calar a boca duas vezes. Me xingou. Foi quando peguei o celular e disse que ia filmar. Aí ele [delegado] abriu a porta para eu sair, e o PM veio para cima de mim. O delegado ficou dizendo: 'Vamos prender ela, vamos dar um flagrante nela?'", contou.
A advogada contou ainda que, após sofrer agressão do policial militar, bateu contra a parede e machucou o ombro. Thalita registrou o caso, acompanhada de um representante da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB), na corregedoria da polícia militar e também irá denunciar o fato na Corregedoria da Polícia Civil.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) afirmou que a situação está sendo apuradas pelo órgão e que todas as partes serão ouvidas na sede da unidade. Após a apuração, as medidas administrativas cabíveis serão adotadas.
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Redação iBahia
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