A obesidade é uma condição pandêmica que não poupa a população brasileira. No Brasil, 55.7% da população está acima do peso, e 19.8% é obesa. O CDC (Center for Disease Control and Prevention, EUA) já faz constar no seu website a obesidade como fator de risco para casos mais graves de Covid-19.
Até o momento, os obesos severos, com IMC (Índice de Massa Corporal = peso/altura²) > 40 kg/m² são os que compõem o grupo de risco. No Reino Unido, dados mostram que 70% dos pacientes internados em UTI têm sobrepeso ou obesidade.
Os dados correlacionando obesidade e pior evolução da Covid-19 ainda são escassos e muitos deles são de estudos chineses (país onde a obesidade é reconhecidamente menos prevalente- em termos relativos), o que torna possível e provável que, mais à frente, tenhamos dados mais consistentes sobre o real impacto da obesidade e seus variados graus no prognóstico da infecção por coronavírus.
Sabemos que obesos sofrem mais complicações infecciosas em geral, além de poderem possuir menor reserva pulmonar. O risco é seguramente maior para aqueles que têm apnéia obstrutiva do sono e, sobretudo, a síndrome de hipoventilação da obesidade, condição esta em que o sistema nervoso central (que controla a respiração) é menos responsivo ao aumento de gás carbônico e à má oxigenação do sangue. Por ora, aceita-se que quanto maior o peso, maior o risco.

*Nathale Prates é endocrinologista, CRM-BA 19.759 RQE11.857
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Redação iBahia
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