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A exposição "O Legado da Família Wildberger" reúne uma seleção inédita de fotos do arquivo pessoal da família baiana, escolhidas e cedidas por Gilberto Wildberger de Almeida e Ricardo Wildberger Lisbôa, e recuperadas para o público pelo Goethe-Institut/ICBA. A mostra fica em cartaz até 30 de junho. O nome Wildberger faz referência à pequena vila alemã Wildberg, perto de Stuttgart. Em decorrência dos tempos turbulentos, no século XVII ou XVIII, os Wildberger migraram da Floresta Negra para a Suíça, onde se estabeleceram em Schaffhausen. No fim do século XIX, uma firma importadora de cacau suíça contratou Emil Wildberger, avô dos Wildberger baianos, para ir trabalhar com a compra de cacau, na Venezuela. Quando a praga da vassoura-de-bruxa dizimou os cacauais venezuelanos, a firma mandou Emil para a Bahia. Até 1930, havia dezenas de empresas que concorriam na compra de cacau na região. Mas neste ano a economia mundial entrou numa severa crise com consequências davastadoras para a indústria – inúmeros fazendeiros e exportadores foram à falencia. Emil Wildberger comprou várias empresas exportadoras e fazendas falidas, juntou toda a respectiva documentação e partiu para a Europa em busca de um banco que o financiasse ao longo prazo de cinco anos. Contratou um financiamento de cinco anos com a casa Rothschild francesa. Assim, de repente, a firma Wildberger passou a ser a maior de todas as exportadoras, pois reuniu sob sua marca a operação de dezenas de antigos concorrentes. Desde a década de 30 até o começo dos anos 50 do século XX, a firma Wildberger foi a líder no mercado cacaueiro. Emil faleceu em 1946, entregando a condução das operações aos filhos. Daí em diante, a produção foi gradualmente encolhendo em volume e importância, até que por volta de 1964 perdeu quase que totalmente a participação no mercado exportador.
ServiçoExposição de fotografias: O Legado da Família Wildberger Galeria do Goethe-Institut Salvador-Bahia De 03/05 - 30/06/2011 71-3338-4700 Entrada franca
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