Surdos e servidores de limpeza ganham viagem de balão em Salvador

As comemorações para o aniversário de Salvador já começaram e nesta sexta-feira (24) um grupo de pessoas pode participar, a convite da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), de um passeio de balão. Entre os participantes estavam um grupo de 28 pessoas com deficiência auditiva e 60 trabalhadoras do serviço de limpeza urbana de Salvador.

Em entrevista ao iBahia, Talisson Ribeiro, de 24 anos, que é uma das pessoas surdas do Centro de Surdos da Bahia e da Associação Educacional Sons do Silêncio (AESOS), contou que essa foi a primeira vez que viu um balão de perto. "Fico muito alegre de poder ver, emocionado por ver a cidade de cima", disse ele sobre a oportunidade de passear de balão.

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Segundo a diretora da AESOS , Márcia Lemos, o convite do órgão aos "alunos" da instituição é uma oportunidade em um milhão para os alunos. "[O convite] foi bastante positivo porque nós trabalhamos com surdos e todos ficaram encantados por terem essa experiência única", comenta ela.

O convite veio através da Saltur, que decidiu convidar pessoas atendidas por políticas públicas em Salvador. "Esse público foi pensando para que eles tenham visibilidade porque, geralmente, nós só pensamos em pessoas com deficiência ou em situação de rua em momentos específicos", explicou Marilena Castro, intérprete de libras da Sempre.

No sábado (25), os soteropolitanos que participarão do passeio são do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e das Unidades de Acolhimento Institucional administrados pela Prefeitura.

Apesar de ainda ser um projeto em teste, planos já estão sendo feitos para expandir a experiência também no interior do estado. "Estamos pensando em trazê-lo no Carnaval da Bahia no ano que vem e levar para cidades do interior da Bahia", disse o coordenador da Confederação Brasileira de Balonismo no Nordeste, Fred Ferreira.

A experiência do passeio foi feita seguindo uma série de normas de segurança. Na modalidade de "voo cativo", o balão subiu cerca de 50 metros e continuou amarrado ao chão por cordas, permanecendo sempre no mesmo local.

"É uma surpresa, não é uma coisa corriqueira a gente ver balões em Salvador", comenta Márcia Lemos, aos risos, sobre a experiência. O evento acontece na Praça Cairu, onde o balão está ancorado, e continua até domingo (26).