A cada esquina uma surpresa em Salvador. Conhecida pelas mais de 300 igrejas, as cores do Pelourinho e o azul do mar, a cidade também poderia ser facilmente reconhecida como a capital das ladeiras.
Em entrevista ao iBahia, o historiador Ricardo Carvalho conta que a própria história da cidade explica o motivo de existir tantas.
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Segundo ele, a capital baiana é uma acrópole - uma cidade elevada, com altitudes modestas, em torno dos 60 metros. Não à toa, Salvador foi a escolha por Portugal para ser a capital do Império nas Américas em 1549.
"Salvador é uma cidade em acrópole e isso é um dos motivos para ela ser capital do império português nas américas em 1549. Tomé de Souza veio imbuído de transformar Salvador em uma extensão de Lisboa e as condições geográficas eram muito semelhantes", explicou o historiador.
Essa geografia permanece até os dias atuais e, quem é da cidade bem sabe, cada ladeira tem sua história e marca. Montanha, Preguiça, Contorno, Misericórdia, do Pepino ao Cocô. Todas escondem histórias e contos populares, em especial, dos moradores das regiões, que sabem a "paletada" que é subir e descer uma ladeira de Salvador.
O iBahia escolheu duas delas para contar um pouco mais do porquê nomes tão peculiares e quais as suas extensões. Veja abaixo:
Ladeira do Cocô
Localizada no Vale das Pedrinhas, a Ladeira do Cocô carrega um dos nomes mais peculiares na longa lista da cidade. Segundo os moradores, o local é chamado assim porque existia uma cisterna que sempre entupia e estourava, e acabava derramando dejetos na ladeira. Quem morava na região sempre precisava abrir a cisterna para limpar e desentupir, e, por causa disso, ela passou a ser chamada dessa forma.
Ladeira do Pepino
Outra que também é famosa na cidade é a Ladeira do Pepino, que fica no bairro de Brotas, nas proximidades da Arena Fonte Nova. Os torcedores do Bahia sabem o quão extensa ela é, e por esse exato motivo que veio o nome.
Quem mora na região contou ao iBahia que a Ladeira do Pepino recebeu essa nomeação por ser muito longa e difícil de subir, se tornando um "pepino" ou "problema" para quem precisa se deslocar de uma ponta a outra, do Dique à Brotas
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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