O primeiro Encontro Nacional de Educação Museal acontecerá entre os dias 6 e 8 de julho na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. As inscrições podem ser feitas através deste site. A programação é totalmente gratuita e composta de apresentações de trabalhos, mesas de debate, encontros de redes, grupos de trabalho, minicurso e atividades culturais.
A escolha da cidade-sede é uma homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, no local onde as lutas populares se iniciaram. E afirma o compromisso com a diversidade de memórias, patrimônios e histórias na educação museal.
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Programação Completa:
O Encontro começa no dia 6, das 9h às 12h, com o minicurso “Educação museal: conceitos básicos e práticas em educação museal”, a ser ministrado pelas educadoras museais Andréa Costa e Ruth Vaz.
Em paralelo, ainda na manhã do dia 6, serão formadas seis mesas de apresentação de um total de 44 trabalhos selecionados de todo o país: artigos, teses, dissertações e relatos de experiência, divididos em “Perspectivas teóricas, epistemológicas e metodológicas do campo da educação museal”, “Educação museal, ciências e tecnologias”, “Parcerias e relações comunitárias”, “Patrimônios, territórios e comunidades”, “Experiências acessíveis” e “Gestão das práticas educativas”.
Às 14h, uma mesa institucional marca oficialmente a abertura do evento, com representantes do Ministério da Cultura (MinC), Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC). Na ocasião, será feita homenagem à Professora Dra. Maria Célia Teixeira Moura Santos, museóloga e educadora, referência da educação museal no Brasil. Em seguida, haverá uma mesa ampla sobre “Políticas públicas nacionais: experiências exitosas e perspectivas de construção de um Programa Nacional de Educação Museal”.
Os participantes poderão escolher entre uma das três atividades que se iniciam às 16h: a mesa “Políticas públicas de fomento ao campo da museologia social”, o encontro das Redes de Educadores em Museus (REMs) e o encontro do GT Educação Museal, instituído em 2021, com representantes de todas as equipes das áreas educativas das 31 unidades museológicas do Ibram.
No dia 7 pela manhã, será lançada e debatida a PEM Brasil - Pesquisa Nacional de Práticas Educativas dos Museus Brasileiros. À tarde da sexta-feira, serão montados quatro grupos de trabalho com diferentes recortes temáticos para revisão da PNEM. Em paralelo, durante todo o dia, ocorrerá um grande aprofundamento sobre o Programa Pontos de Memória, com um grupo de trabalho que funcionará como uma pré-Teia Nacional da Memória, a ser realizada em 2024.
Às 19h, a sessão especial: “Reflexões sobre o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia: visibilizar outras narrativas sobre a história e a identidade brasileira” receberá cinco mulheres que constrõem pontos de vista sobre a emancipação do país: Any Manuela Freitas, sambadeira e especialista em Políticas e Gestão Cultural; Daiara Tukano, do povo indígena Tukano, artista, ativista, educadora, comunicadora e pesquisadora do direito à memória e à verdade dos povos indígenas; Dona Dalva Damiana, sambadeira, integrante da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, doutora honoris causa pela UFRB, que, aos 95 anos, é símbolo da cultura de Cachoeira; Renata Bittencourt, gestora cultural, historiadora da arte que investiga a representação do negro e responsável pela área de Educação do Instituto Moreira Salles (IMS); e Wlamyra Albuquerque, professora do departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFBA, que investiga a construção de fronteiras sociorraciais e delimitação de direitos na sociedade brasileira durante o processo abolicionista e no pós-abolição. A mediação será de Georgina Gonçalves dos Santos, mestre em Educação e doutora em Ciências da Educação, professora da UFRB.
A noite de sexta-feira se fecha com apresentação do Samba de Roda de Dona Dalva, também conhecido como Samba Suerdieck, um dos mais belos e tradicionais dos Sambas de Roda do Recôncavo Baiano, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil (IPHAN-2004), Obra Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade (UNESCO-2005) e Patrimônio Cultural da Bahia (IPAC-2020).
O último dia se inicia com a roda de conversa “Instâncias de representação: participação social na realização das políticas públicas para a educação museal e para a museologia social”, seguida de plenária final. À tarde, um encontro do Sistema Estadual de Museus da Bahia será uma reunião preparatória para o V Encontro Baiano de Museus.
Fechando a grade de atividades, os participantes vão fazer visitas guiadas a espaços culturais de Cachoeira – Casa do Samba de Roda de Dona Dalva, Casa de Barro, Irmandade da Boa Morte, Hansen Bahia – e assistir ao espetáculo “O Museu É a Rua”, do Grupo de Arte Popular A Pombagem. Apresentada em espaço público, a performance defende o museu que acontece para além dos muros dos edifícios museais, questionando o paradigma museológico tradicional e apresentando o referencial afro-diaspórico como uma proposta de museu de rua.
I Encontro Nacional de Educação Museal (EMUSE)
- Quando? 6, 7 e 8 de julho, a partir das 9h.
- Onde? Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB), Estação Ferroviária de Cachoeira.
- Quanto? Entrada gratuita. - Inscrições através do site.
Redação iBahia
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