"Meu nome é Gal", filme que se dedica a relatar o início da carreira de Gal Costa, uma das maiores vozes da Música Popular Brasileira, que morreu no dia 9 de novembro de 2022, contou com uma cerimônia especial de pré-estreia em Salvador, nesta segunda -feira (2). Evento reuniu a protagonista Sophie Charlotte, Luis Lobianco, Dandara Ferreira, entre outros nomes do elenco do longa no Cine Glauber Rocha, onde aconteceu pré-estreia.
Apesar do filme ter sido gravado entre o Rio de Janeiro e São Paulo, devido o recorte feito para a narrativa, Salvador não deixou de fazer parte do processo. A cidade natal da cantora serviu de inspiração para Sophie Charlotte se preparar para encarnar Gal nas telonas.
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"A conexão com Salvador foi uma parte deliciosa do processo e também foi uma desculpa [risos] para curtir a cidade. Grande parte desse filme foi aprender a curtir, a viver, a ter esse vício que é tão específico da juventude", contou Sophie Charlotte sobre a experiência de vivenciar a vida de Gal em Salvador.
A importância da capital baiana na vida de Gal é um aspecto que atravessou profundamente o trabalho de Sophie durante o filme. Para dar vida à artista, a atriz precisou mergulhar na cidade de Salvador.
"Foi um processo muito lindo estar aqui e conhecer, eu realmente me apaixonei pela cidade. Sempre que eu posso, eu venho, amo estar aqui. Ter a estreia aqui, a primeira exibição do filme foi uma conquista muito linda, eu estou muito emocionada de estrear o filme em Salvador", pontuou ela.
O longa-metragem é um recorte de tempo, que narra a trajetória da cantora entre os 1960 e 1970, momento em que Gal está deixando a capital baiana.
"É um momento em que ela estava saindo de Salvador então eu precisava entender o jeito, o dengo, os sabores, tudo isso que compõem o imaginário dessa Gal que está saindo daqui e se inserindo no Rio de Janeiro, uma cidade grande na época", conta Sophie.
Também presente no evento, o ator Luis Lobianco, que vive o produtor Guilherme Araújo no filme, apontado como responsável por "batizar" Gal Costa, também comentou sobre sua relação com a música baiana e com a produção.
"É a música que eu escuto, que eu sempre escutei na minha vida. Faz todo sentido para mim, é uma musica nacional, muito forte e muitas vezes me inspira mais do que ir ao teatro. Ouvir música baiana me leva para lugares que são importantes para mim", disse o ator que destacou sua relação com o nordeste e com a cidade de Salvador, que já visitou muitas vezes.
Encontro com Gal
A cantora Gal Costa chegou a vivenciar parte da produção do longa. Ela e Sophie conversaram e trocaram ideias sobre a gravação das músicas que seriam cantadas no filme e antes de ir para o set de filmagens as duas se encontraram.
"Tive algumas trocas antes de irmos para o set, onde eu tinha feito uma primeira gravação no estúdio. Eu precisava ouvir também, porque eu não sabia se esse encontro de tantos anos escutando tinha evoluído para o ponto que a gente achava bacana para o filme. Nós gravamos e ela ouviu, foi muito lindo esse encontro. Ela viu todo o conceito do filme, ouviu também minha voz gravada, o que é surreal. Eu estava com muito frio na barriga, mas foi lindo, ela super incentivou o filme. Eu me senti muito acarinhada, ela sempre foi muito carinhosa comigo", contou Sophie sobre as trocas com a cantora.
A morte de Gal foi um grande impacto para todos que participaram do filme, o que fez com que os momentos de troca com a artista fossem ainda mais especiais. O filme já estava pronto quando a cantora faleceu e, segundo a roteirista e diretora do longa Lô Politi, a narrativa da obra não foi modificada.
"A dramaturgia não é muito passível de modificação", disse a roteirista sobre o filme, que é uma ficção com um recorte datado da vida de Gal. "O que eu acho bom porque o filme é muito homenagem a Gal, ele mostra a potência absurda que era essa mulher na juventude e que ninguém sabe ou conhece. Então, isso, em si, já é uma homenagem", enfatizou a diretora.
Essa dimensão da homenagem foi enfatizada por Rodrigo Lélis, que interpretou Caetano Veloso no longa. Para o ator, a escolha de Salvador como a primeira cidade a exibir o filme faze parte da exaltação da imagem de Gal.
“Que bom que é aqui, nessa terra que me acolheu e que escolhi como morada. Nesse momento estou no sertão, gravando um o utro projeto (“Guerreiros do Sol”, próxima série da Globo/Globoplay) que assim como o filme de Gal é algo muito importante pra mim. Não estou presente em corpo, mas os meus estão me representando. Estou muito feliz de fazer parte de uma obra que conta a história dessa artista tão especial. Esse é um momento de retomada das salas de cinema, com muitos projetos lindos em cartaz, e precisamos voltar a amar o cinema brasileiro", pontuou ator, por meio de nota.
Regina Casé também marcou presença na pré -estreia do filme e falou sobre o prazer de receber o elenco em Salvador, cidade com a qual é muito familiarizada. "Eles conheciam pouco e eu tenho uma alegria de mostrar Salvador, a Bahia, de levar para todos os lugares, principalmente pessoas que eu amo", comentou a atriz que construiu uma grande amizade com com Sophie Charlotte, com quem contracenou na novela "Todas as Flores", da Globopaly.
Familiares e amigos dos atores, assim como amigos de Gal Costa e o elenco do filme, também participaram do evento. "Meu nome é Gal" estreia nos cinemas brasileiros no dia 12 de outubro.
Redação iBahia
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