A família do pedreiro Amarildo de Souza, que desapareceu após ter sido conduzido à sede de Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, na zona do sul do estado, no dia 14 de julho de2013, está vivendo um novo drama. Isto porque a viúva Elisabeth Gomes da silva, 48, está sumida há 10 dias quando foi vista pela última vez embrigada na Rocinha, segundo disse à Folha, Michele Lacerda, sobrinha do casal.
A familiar afirmou que os filhos de Elisabeth farão boletim de ocorrência do seu desaparecimento na 11ª DP - ainda hoje - o casal tem oito filhos. Segundo Michele, sua tia está profudamente deprimida devido à proximidade do aniversário de um ano do desaprecimento do marido, que teria sido torturado e morto após ser levado para depor na UPP da Rocinha.
"Ela já estava mal, mas em junho, os problemas se intenseficaram, quando passou a beber compulsivamente e a consumir drogas", disse Michele.Segundo ela, a família acredita que Elisabeth esteja perdida na própria comunidade. Para certifica-se que a viúva não viajou para outras cidades, a família ligou para parentes em Macaé, no norte fluminense, e no Rio Grande do Norte, de onde Elisabeth é natural e onde vivem seus irmãos.
O advogado da família de Amarildo, João Tancredo, confirmou as informações e afirmou que Elisabeth "perdeu asteio", já que era o pedreiro quem dava suporte dentro de casa.Para o advogado,a viúva deve estar desorientada e sem conseguir voltar para casa. Elisabeth trabalha como diarista e tem direito a atendimento psicológico conferido pela Justiça, mas segundo a família, ela tem faltado ao tratamento. Além de registrar BO na polícia, a família pretende procurá-la, a partir de agora, em hospitais e necrotórios.
Relembre o caso
O ajudante de pedreiro Amarildo de Souza desapareceu em 14 de julho de 2013, após ter sido detido por policiais militares na porta de sua casa, na favela da Rocinha, e levado à UPP da favela. Ele teria sido submetido à tortura e morrido na unidade policial. O corpo do pedreiro nunca foi encontrado.O inquérito da PM aponta que os policiais envolvidos cometeram crimes passívies de punição pela Justiça Comum, e não devem responder pelos mesmos crimes na Justiça Militar. De acordo com o documento, todos os policiais militares tiveram participações nos crimes, o que inclui o major Edson dos Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha. Com informações da Folha.
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