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Ele voltou ao Brasil seis meses depois de deixar o Cruzeiro |
Fabinho não consegue esquecer as lembranças do dia 11 de março, quando o Japão foi devastado por um violento terremoto, seguido de tsunami, o pior da história do país. Quando o desastre aconteceu, o volante de 31 anos tinha acabado de chegar do centro de treinamento do Yokohama, time que leva o nome da cidade e disputa a segunda divisão do futebol japonês. “Eu tinha acabado de chegar em casa. Não esperava e foi um susto enorme. Foi bem difícil, convivi de perto com o tremor, vivenciei a aflição e tudo que eles passaram”, recorda o novo volante do Bahia. Yokohama foi uma das cidades mais atingidas. “Ficamos 14 horas sem energia elétrica, já não tinha mais água, mantimento, foi acabando gasolina, álcool, todo mundo começou a deixar a cidade. Você não sabe onde vai, onde corre, foi assustador”, relata o jogador, apresentado de surpresa no Fazendão, na segunda. O medo fez Fabinho voltar para o Brasil, seis meses após trocar o Cruzeiro pelo Japão. “Apesar de não se ter mais tantas notícias por aqui, lá os problemas persistem, os terremotos ainda ocorrem. Vivia com medo e tenso. Com a insegurança que se vive, é complicado sair e deixar a família pra trás e aí você passa a rever alguns valores”, afirma o atleta, que morava com a esposa e os dois filhos no Japão.
Bahia - A decisão foi tomada há duas semanas e logo as negociações foram iniciadas com o Bahia. “Estávamos conversando tinha duas semanas. Paulo Angioni é um grande amigo, trabalhou comigo no Corinthians e, quando ele soube do meu retorno, tomou a frente. Tanto que a gente quase não conversou com nenhum outro clube”. Os amigos vão além da diretoria. “Ricardinho é um parceiro de longa data no Corinthians, Lulinha, Dodô, Souza. Carlinhos (Carlos Alberto) é a primeira vez que vamos trabalhar juntos, mas nos conhecemos do futebol, Jancarlos trabalhou comigo no Cruzeiro”, listou. Fabinho começou a carreira no São Caetano, ganhou projeção e títulos no Corinthians, passou pelo Toulouse, da França, Santos e Cruzeiro, último clube que defendeu antes da segunda temporada no Japão, onde já tinha jogado pelo Cerezo Osaka, em 2005.
Beckenbauer - Ele fica por empréstimo até dezembro e acredita que em uma semana poderá jogar. “Precisamos tomar alguns cuidados, até porque eu estava trabalhando em uma cultura que não tem a mesma rigorosidade do futebol brasileiro. Tô sem jogar oficialmente há duas semanas, mas, pela vontade que estou, com uma semana treinando firme já dá pra ficar à disposição”, prontifica-se. E, pelos elogios de René Simões, chegou Beckenbauer. “Fabinho é de uma raça espetacular, encaixa bem atrás, sai, vai lá na área, na bola ofensiva é bom, é bom marcador, passa bem”.