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Time dos sonhos BaVi: Mário, prazer!

Mário conquistou o Campeonato Baiano quatro vezes e conquistou a Taça Brasil de 1959

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31/01/2011 às 13:07 • Atualizada em 29/08/2022 às 14:28 - há XX semanas
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Foto: Arquivo CorreioMário estava perto de terminar a carreira como um qualquer. O empréstimo do Botafogo para o Taubaté, aos 28 anos, soava como um recado fatal.

Saía do time de Garrincha, Nilton Santos e Didi para o interior de São Paulo. Pagava a fatura de jogar na posição de Didi, titular absoluto da linha-média da Seleção desde 1952, eleito pela imprensa estrangeira o melhor da Copa de 1958 e inventor da "folha seca".

O Taubaté até fazia muitos amistosos pelo país. Em excursão pelo Norte/Nordeste, jogou na Fonte Nova contra o Bahia, dia 19 de março de 1959. O carioca Mário de Araújo, nascido dia 31/5/1930, estava lá. Em novembro, durante as semifinais da Taça Brasil contra o Vasco, Ari operou o fígado e foi substituído por Bombeiro, jovem da casa. De alerta ligado, o técnico Geninho buscou alternativas enquanto pensava no Santos. Na Vila, Bahia 3x2. Na Fonte Nova, Santos 2x0. Título adiado para 29 de março.

Geninho desembarca no início de 1960 em General Severiano. Campeão Carioca de 1948 pelo Botafogo, quebrando jejum de 12 anos sem título, tinha prestígio também pela parceria com Heleno de Freitas. Com Didi negociado ao Real Madrid, poderia agora haver espaço para Mário. Houve, no Bahia.

Mário chegou aos 29 anos e foi posto à prova contra o Santos, no Maracanã, pelo argentino Carlos Volante, substituto de Geninho, que, por questões pessoais, retornou ao Rio. Foi o único campeão da Taça Brasil 1959 a entrar apenas no último jogo.

Experiente, a bola não lhe pesava, nem a sentia, exceto pelas cócegas. Era um negro de ombros largos, com pernas ligeiramente tortas, visão total do gramado e incrível domínio. Escondia a bola do adversário, gingava e driblava fácil. O melhor dos cartões de visita era uma caneta por baixo das pernas. Não havia tricolor que deixasse de ficar ao pé do rádio para ouvir Mário jogar.

Entrosou-se fácil. Muitos companheiros tinham jogado no Rio. Mas nenhuma amizade chegou perto da construída com o ponta Biriba: parceiros de concentração, formavam dupla também no carteado, em disputa ferrenha com Marito e Alencar. Para evitar o flagra da comissão técnica, criaram o código do bate pé.

Mário conquistou quatro vezes o Baiano. Fez, com Nadinho, Henrique e Biriba, mais duas finais de Taça Brasil e jogou duas Libertadores. Parou em meados de 1966, aos 36 anos, como o craque que se previa.

Arte: Correio

*Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio do dia 31 de janeiro de 2011

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