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SALVADOR

Proposta de novo circuito do Carnaval é questionada por entidades

A União de Afoxés, Afros, Reggaes e Samba do Estado da Bahia afirma que não foi procurado para discutir o projeto Afródromo

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27/08/2012 às 20:48 • Atualizada em 30/08/2022 às 18:56 - há XX semanas
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A proposta do projeto Afródromo de criar um novo circuito no Carnaval de Salvador está sendo questionada pela União de Afoxés, Afros, Reggaes e Samba do Estado da Bahia (Unafres). A instituição, que representa 76 instituições de matriz africana, afirma que não foi procurada para discutir o projeto.
O projeto prevê a criação de um circuito afro, na Avenida da França, no bairro do Comércio
O projeto foi apresentado pela Liga dos Blocos Afro da Bahia à Prefeitura na última terça-feira (21) e uma das ideias é instalar um circuito na Avenida da França, em um trajeto de 2,5 quilômetros entre o Mercado Modelo e a Feira de São Joaquim. "A quem interessa esse novo circuito? A tal da Liga é formada por apenas seis entidades e foi apresentada como sendo representantes dos blocos afros e afoxés. Não fomos procurados em nenhum momento para discutir sobre a proposta e viemos a público dizer que todas as entidades devem fazer parte dessa nova discussão que mudará o carnaval", afirma o presidente da Unafres, Gilsoney de Oliveira, que também representa o segmento afoxé no Conselho Municipal do Carnaval (ComCar). Para Paulo Kambuí, representante do segmento afro (cerca de 70 instituições) no ComCar, a Liga não representa as entidades dos afoxés e afros, além de propor uma espécie de segregação na folia momesca. "No momento em que estamos discutindo novas formas de fortalecer os três circuitos já existentes – Batatinha (Pelourinho), Dodô (Barra) e Osmar (Avenida) –, vem uma liga, que é bom frisar não representa as entidades dos afoxés e afros, e propõe um tipo de segregação no carnaval, como o próprio nome sugere Afródromo”, diz. A presidente do Afoxé Kambalagwanze, Iracema Neves, afirma que havia um projeto de estruturar uma liga, a 'Liga das Entidades Culturais do Estado da Bahia e Região Metropolitana'. Este, segundo ela, passou para mãos que mudaram essencialmente a filosofia original, o que foi uma grande surpresa. De acordo com Iracema, em 2009 e 2010, cursos e oficinas foram oferecidos pelo Sebrae e pela Secretaria Estadual de Cultura, com o propósito de melhorar e atualizar conceitos de gestão das entidades acolhidas pelo programa Ouro Negro, do governo estadual. "Dessas oficinas, vários projetos foram desenvolvidos, inclusive, a formação de uma Liga que agregaria todos os segmentos culturais e tivemos palestras com equipes da Riotur e da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A partir daí, foi constituída uma comissão de formatação da Liga que trabalhou duramente na elaboração documental. O trabalho foi terminado e ficamos aguardando sinal do governo estadual para implantação e regulamentação", contou.

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