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Pesquisa revela que maioria dos paulistanos mudaria de cidade

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22/01/2015 às 13:54 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:57 - há XX semanas
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57% dos entrevistados disseram que mudariam de cidade se pudessem. Já 40% não sairiam
Foto: Otávio Nogueira

A maioria dos paulistanos (57%) mudaria de cidade caso tivesse oportunidade. O dado integra a 6ª edição da pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar do Município (Irbem), divulgada nesta quinta-feira, 22 de janeiro, pela Rede Nossa São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Realizado pelo Ibope, o Irbem revela o nível de satisfação dos paulistanos em relação à qualidade de vida e ao bem-estar em São Paulo. A pesquisa aborda 25 temas, tanto os relacionados às condições objetivas de vida na cidade – nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, habitação e trabalho – quanto os ligados a questões subjetivas, como sexualidade, espiritualidade, consumo e lazer.

O levantamento traz ainda o nível de confiança da população nas instituições (Prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Militar, Tribunal de Contas, Poder Judiciário, etc.) e a avaliação dos serviços públicos. Tempo de espera por consultas médicas (nos sistemas público e privado) e tempo de espera nos pontos de ônibus são algumas das perguntas que compõem a pesquisa.

Algumas das conclusões do estudo são:

- Voltou ao mesmo patamar de 2012 (50%) os que afirmaram utilizar algum tipo de serviço de educação pública;
- Em 2013, 66% dos entrevistados afirmaram ter transporte escolar público perto de casa. Em 2014, o número passou para 76%. Na área da segurança, 67% disseram ter ronda policial e 70% têm delegacia ou posto policial próximo à residência. Em Meio Ambiente, caiu de 78% para 63% os que afirmam ter serviço de coleta seletiva;
- 68% dos entrevistados afirmaram utilizar ônibus como meio de transporte diário na cidade. E o tempo de espera nos pontos caiu de 25 para 20 minutos na comparação com a pesquisa anterior;
- A qualidade de vida em São Paulo ficou estável para 50% dos entrevistados. E melhorou (“um pouco” ou “muito”) para 37%;
- 57% dos entrevistados disseram que mudariam de cidade se pudessem. 40% não sairiam;
- Passou de 6% para 10% os que consideram São Paulo um lugar “muito seguro” ou “seguro” para morar. E caiu de 93% para 89% os que o avaliam como “pouco” ou “nada seguro”;
- O tempo de espera para consultas no sistema público de saúde passou de 60 dias, em 2013, para 56 em 2014. Para exames, de 79 para 78. E para procedimentos mais complexos, de 170 para 169. Já no sistema privado houve um aumento no tempo de espera: de 7 para 13 dias no caso de consultas; de 7 para 19 dias para realização de exames e de 19 para 42 dias para realização de procedimentos mais complexos;
- Passou de 11% para 15% os que consideram “ótima” e “boa” a gestão municipal atual. Diminuiu de 49% para 45% os que avaliam como “regular” e aumentou de 39% para 40% os que consideram “ruim” e “péssima”;
- A Câmara Municipal foi avaliada como “ótima” e “boa” por 10% dos entrevistados, ante 6% na pesquisa anterior. E 55% deles avaliaram como “ruim/péssima”;
- Bombeiros, Correios e Metrô, nessa ordem, lideram o ranking das instituições com maior confiança da população. Mas houve uma queda geral na confiança nas instituições. 62% dos entrevistados, por exemplo, afirmaram confiar na Sabesp. Na edição anterior da pesquisa esse número era 82%;
- Crise da água: 61% avaliam que a Sabesp é a principal responsável pelo abastecimento de água , mas 42% creditam a crise à falta de planejamento do governo estadual, 29% à falta de chuvas e somente 3% ao desmatamento da Amazônia. 66% se dizem bem informados quanto à crise hídrica. 82% acreditam que o risco da água acabar é grande. E 68% afirmaram que tiveram (ou alguém da sua família teve) problemas no abastecimento de água nos últimos 30 dias.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014 com 1.512 pessoas que moram em São Paulo com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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