Os ônibus continuam sem ir até o final de linha do bairro de Pero Vaz na manhã desta quinta-feira (30). Os coletivos circulam pelo bairro até a Rua Doutor Eduardo Santos, mas não completam o trajeto desde que quatro veículos foram queimados na noite desta quarta (29).
O comércio no final de linha também está fechado. O policiamento está reforçado nas ruas do bairro. "O povo já está se sentindo seguro porque tem polícia rodando. Os comércios ainda não abriram porque ainda não deu o horário", comentou um policial da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Liberdade).Moradores confirmam que a presença dos policiais dá mais segurança para que eles saiam de casa nesta manhã, mas não acreditam que o comércio normalize hoje. "A maioria do povo que mora aqui pegava ônibus no final de linha, agora tem que pegar na principal ", reclamou um morador que saía para trabalhar.Os policiais estão nas ruas de Pero Vaz desde às 7h, e devem permanecer pelo bairro durante todo o dia. Ainda de acordo com os policiais da 37ª CIPM/Liberdade, a ideia é intensificar o policiamento no bairro de Santa Mônica. Eles querem a ajuda da população para identificar os suspeitos de terem incendiado os coletivos. Rondas também foram intensificadas no IAPI.De acordo com investigações preliminares, a polícia já apontou os possíveis mandantes e está em busca dos suspeitos. Houve ainda uma tentativa de atear fogo em ônibus na Avenida San Martin, mas a polícia conseguiu repreender o grupo. "Estamos priorizando os finais de linha para dar a garantia de que as pessoas possam ir para o trabalho e para as escolas com tranquilidade", falou o major companhia, Edmilton Reis.Agora, as pessoas estão pegando ônibus na avenida principal que não fica muito longe final de linha, mas acaba congestionando todo o trecho, segundo moradores. "'Busu' agora tá um sacrifício aqui porque passam todas as linhas aqui e vai demorar de passar pois o engarrafamento só piora", reclamou uma passageira. "Se no final de linha já estavam assaltando a gente, imagine aqui na principal que assaltam toda hora" , pontuou pessoa que seguia para pegar ônibus na Rua Doutor Eduardo Santos.Tensão na noite A falta de ônibus surpreendeu quem não estava em Salvador ontem. O aposentado Mário da Silva, 68 anos, estava em Feira de Santana e estranhou não ter nenhum coletivo no final de linha. “Cheguei aqui e encontrei o ponto cheio de cinzas”, disse.Quem estava no bairro ficou assustado com o clima de tensão no bairro. Segundo um morador até um pneu que estourou assustou todos os moradores. "Não tem como não se assustar", comentou um morador. "Foi num momento em que estava todo mundo chegando do trabalho, um terror", disse outro.
Restos de pneus ainda estão espalhados no final de linha de Pero Vaz (Foto: Mauro Akin Nassor) |
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Redação iBahia
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