O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) solicitou nesta sexta-feira (10) a abertura de inquérito policial para investigar os atentados contra à segurança nacional e a ordem política e social cometidos durante a greve parcial de policiais militares no estado. Apesar de alguns militares terem optado pela manutenção da greve, a Procuradoria da República na Bahia está investigando e colhendo provas para punição criminal dos policiais que planejaram atentados, sabotaram meios e vias de transporte e impediram o funcionamento de serviços públicos durante a greve. Além de requisitar a abertura do inquérito para investigar possíveis crimes cometidos durante a greve, o MPF solicitou ao Ministério Público do Estado da Bahia o compartilhamento das gravações telefônicas que foram exibidas pela mídia que demonstram a articulação dos indivíduos que participaram dos atentados. Fim da greveEm entrevista coletiva realizada no final da manhã desta sexta-feira (10), o comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, afirmou que a greve da policiais e bombeiros militares terminou. De acordo com ele, o policiamento na ruas até às 9h era de cerca de 85% do efetivo. Para o Comando Geral, o retorno das atividades deverá ser normalizado gradativamente nos próximos dias. Apesar do comunicado, o movimento grevista só deverá definir os rumos na assembleia da categoria marcada para acontecer às 16h, no ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos. Até que o plenário delibere, os membros das Associação dos Cabos e Soldados (APPM), da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (APRA) e da Associação de Sargentos e Sub-tenentes de Polícia Militar permanecem em greve. PMs presos por envolvimento em chacinaDois policiais militares suspeitos de participarem da morte de cinco pessoas na Boca do Rio, em Salvador, durante a greve parcial da categoria no Estado, iniciada no último dia 31, foram apresentados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no final da manhã desta sexta-feira (10). Segundo informações do DHPP, os soldados Donato Ribeiro Lima, 47 anos, e Willen Carvalho, 34, são acusados de executar cinco moradores de rua e atirar contra outros dois na avenida Jorge Amado, no bairro Boca do Rio, no dia 3 de fevereiro. Eles também são suspeitos de participarem de um tripo homicídio em 2011 e um homicídio em 2010, todos na Boca do Rio.
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