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Atualmente a ordem nos clubes brasileiros é modernizar. E modernizar significa otimização de receitas multiplicando ativos, que podem ser alcançado de diversas maneiras. Parcerias, patrocínios, cotas de televisão, sócio torcedor, etc. Aspectos cruciais que, se trabalhados corretamente, podem gerar valores significantes a serem agregados ao patrimônio do clube.O que mais chama a atenção nisso tudo é a maneira como os clubes se equivocam ao lidar com o seu torcedor. Torcedor que é simplesmente o protagonista e a verdadeira razão de existência do esporte. Impressionante como os clubes de futebol acham que aquele que se desloca ao estádio com o simples intuito de apoiá-lo está lhe fazendo um favor, pegando ônibus lotado, trânsito engarrafado, e se expondo a todo e qualquer tipo de ato de violência.Por esses motivos que é difícil de entender o porquê dos clubes, em uma simples distribuição e venda de ingressos, não conseguirem sequer manter um procedimento ordenado. E não irei aqui falar do infortúnio ocorrido na última sexta feira durante a venda dos ingressos para o BAVI inaugural da Arena Fonte Nova. Ora, pessoal, estamos a meses da Copa das Confederações, e tivemos desta o exemplo de que os meios eletrônicos são mais eficientes.A venda dos ingressos deve ser realizada de maneira organizada, com plenas informações, de forma a garantir a agilidade, eficiência e segurança. De acordo com o art. 20, §5º do Estatuto do Torcedor, são direitos do torcedor partícipe que, nas partidas que compõem as competições de âmbito nacional ou regional de primeira e segunda divisão, a venda de ingressos deverá ser realizada em, pelo menos, cinco postos de venda espalhados pela cidade.Na verdade, os clubes brasileiros devem se espelhar nos clubes participantes do campeonato inglês, onde os estádios têm média de ocupação de 90% por jogo, independente do local da tabela que se encontre o time. Este é resultado da boa administração aliadas a programas que beneficiam sócios torcedores, fato que coloca nove clubes entre os 30 mais poderosos do mundo.Não é uma questão de cumprir a lei ou de dar ao torcedor o que lhe é de direito. É investimento. Torcedor bem tratado é torcedor satisfeito. Serviço bem prestado fideliza o cliente, os torna em potenciais consumidores, atraindo investidores, resultando em visibilidade, retorno financeiro e resultado dentro de campo.
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