Morreu na manhã desta sexta-feira (4) o cantor e compositor Luiz Melodia. Aos 66 anos, o músico carioca lutava contra um câncer derivado de um mieloma múltiplo, tipo de doença autoimune. O tratamento começou em julho do ano passado, mas em março deste ano Melodia precisou ser internado no Hospital Quinta D'Or, no Rio de Janeiro.
Na época, a assessoria do artista informou que o tratamento de quimioterapia feito no hospital "resultou em uma baixa glicemia e acidez sanguínea". "Por esse motivo ele se encontra internado no CTI. Luiz permanecerá internado para que as sessões de quimioterapia sejam realizadas com maior segurança e na sequência fará um autotransplante de medula, que é o único tratamento com resultado efetivo", dizia o comunicado. Em maio, ele foi submetido ao transplante e no fim de junho pôde voltar para casa. A recuperação do artista vinha se dando de forma progressiva, segundo amigos e familiares.
Afastado dos palcos desde então, Melodia ainda viveu outro drama enquanto esteve internado. Sua casa no Rio de Janeiro foi assaltada em maio, no mesmo dia da realização do transplante. Quatro bandidos renderam o filho dele e um amigo e ainda levaram parte do acervo do artista.
O último trabalho do cantor, Zerima, foi lançado em 2014 e apresentado em Salvador em janeiro de 2015. Na época, Melodia estava há quase três anos sem fazer shows na capital baiana.
O disco foi o primeiro de inéditas do cantor, em 13 anos. Mas também trazia regravações de grandes clássicos, como Maracangalha, de Dorival Caymmi. Outra música que remete à Bahia, estado com o qual Melodia sempre manteve proximidade, é Moça Bonita, composta por Jane Reis, mulher de Melodia, com sua batida de sambas de roda do Recôncavo.
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Redação iBahia
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