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A prisão do humorista e radialista Rodrigo Vieira Emereciano, 35 anos, o Mução, foi revogada pela Justiça na noite desta sexta-feira (29). Segundo informações do "Diário de Pernambuco", dois advogados do radialista chegaram à sede da Polícia Federal no Recife com o documento de habeas corpus, que foi entregue à delegada Kilma Caminha. Segundo o advogado, Waldir Xavier, o juiz da 13ª vara criminal de Pernambuco revogou a prisão e Mução pode ser solto a qualquer momento. "Estamos aguardando apenas o alvará de soltura. A expectativa é que isso aconteça a qualquer momento. O próprio Rodrigo Vieira já está sabendo da decisão do juiz", disse ao Diário do Nordeste. Depois de prestar depoimento, Mução seria transferido da sede da PF para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), o que foi suspenso porque os presos teriam ameaçado a vida do radialista. De acordo com a delegada Caminha, os detentos do local não toleram envolvidos no tipo de crime que Mução é acusado e costumam ser violentos com quem cumpre pena por pedofilia. Mução foi preso pela PF na operação DirtyNet, em Fortaleza, no Ceará, nesta quinta-feira (28). Ele chegou à sede da PF na manhã de sexta, entrando no prédio pelos fundos, sem falar com a imprensa. Ele nega as acusações. O advogado Xavier disse que Mução não tem participação no grupo investigado pela polícia. “Tudo vai ser esclarecido. Ele não tem nenhuma participação. É profissional reconhecido nacionalmente. A partir das oitivas (depoimentos), a Polícia Federal vai constatar que ele não tem nenhum envolvimento”, afirmou.
Pornografia infantilA operação, denominada DirtyNet (Rede Suja), teve apoio do Ministério Público Federal e da Interpol e prendeu 32 suspeitos em nove Estados brasileiros. As prisões foram realizadas no Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5), Bahia (1) e Maranhão (2). A operação DirtyNet foi desencadeada na manhã desta quinta (28) com o objetivo de desarticular a quadrilha. A PF estava monitorando redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet há seis meses e detectou trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes. Integrantes de um mesmo grupo e valendo-se da suposta condição de anonimato na rede, os suspeitos trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Além da troca de arquivos foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.