Os vencedores pretendem sensibilizar outros jovens para mais atenção à causa
Foto: Sébastian Pins
A Organização das Nações Unidas (ONU) premiou jovens engajados com as questões ambientais durante a décima sessão do Fórum das Nações Unidas sobre as Florestas (UNFF10), realizada em Istambul, na segunda semana de abril. Conheça alguns:
Elio Alonso Vasquez, de 19 anos, nascido em Arequipa, no Peru, se mudou para Noruega para estudar. Foi lá que ele visitou uma floresta pela primeira vez e tirou a inspiração para o seu filme, intitulado Sinta-se como uma montanha. A obra conta a história de como ele passou a apreciar as florestas, com um foco especial em como elas são importantes para os povos indígenas no Peru. "Depois de estar na floresta, pensei em todos os anos que vivi no Peru e não me importava com ela", afirmou à ONU.
O curta relata um protesto de indígenas na área de Bagua, na Amazônia, contra a exploração dos recursos naturais de suas terras, que foi reprimido pela polícia e acabou com a morte de 33 pessoas, em junho de 2009. Vasquez aponta a desigualdade como o principal problema dos índios.
"Nós não pensamos neles como parte da nação. Não queremos acreditar que eles fazem parte do grupo, que possuem os mesmos direitos. Estamos mais concentrados no Facebook, nos smartphones e na tecnologia. Não nos sentimos conectados com a natureza. Se não nos identificamos com alguma coisa, não vamos nos mobilizar para protegê-la. O objetivo deste filme é incentivar os jovens do Peru a pensar sobre esta questão, para reagir e fazer alguma coisa", destacou.
Assista ao vídeo de Elio Alonso Vasquez:
Sébastien Pins, de 22 anos, sempre foi fascinado pelos mistérios da natureza graças à influência de sua mãe. Nascido e criado na Bélgica, o universitário já recebeu diversos prêmios por toda a Europa. Com oito anos, ele escreveu e dirigiu a sua primeira cena de teatro e, aos 20, tornou-se um pirotécnico profissional.
Seu filme premiado é intitulado de Ma Forêt (Minha Floresta) e retrata a incursão de uma criança pela floresta e a sua fascinação com tudo o que encontra lá. O curta foi reconhecido também pelas lindas imagens.
"Meu objetivo ao fazer o filme era comover muitas pessoas usando o recurso da criança, para convencer os espectadores da importância das florestas. Muitos jovens não estão muito preocupados com as florestas, e se eu não consigo convencê-los com uma conversa, então vou tentar com filmes que emocionam”, afirmou.
Assista ao vídeos de Sébastien Pins:
Paul Rosolie, norte-americano de 25 anos, se interessou por florestas quando ainda era menino, morando em Nova Jersey. Porém, ele descobriu que não existiam muitas delas por perto. "Eu estava muito curioso e ansioso para sair e conhecer o mundo, então, quando eu tinha 18 anos, viajei para o lugar dos meus sonhos — a Amazônia ocidental, no Peru — e de lá me envolvi imediatamente na luta da comunidade local para proteger sua floresta", contou.
Ao trabalhar com as comunidades indígenas para proteger suas florestas através do ecoturismo responsável, Paul passou mais de sete anos com pessoas que sabem tudo sobre floresta. Embora ele tenha se especializado na Amazônia ocidental, seu trabalho também o levou a Bornéu, Índia e Brasil.
Na Amazônia, ele viajou para dentro da mata com caçadores, documentando o comércio de espécies em extinção no mercado negro, estudou sobre anacondas gigantes e explorou um ecossistema ainda não documentado, conhecido como "floresta flutuante".
O atual foco de Paul é contar histórias. Um dos jurados do concurso de curtas da ONU descreveu o seu filme sobre a vida selvagem na Amazônia, intitulado Um Mundo Invisível, como "o cinema ambiental na sua mais crua e inovadora forma".
Assista ao vídeo de Paul Rosolie:
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