O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) cuspiu em direção ao também deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) após votar não contra o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Jean, no entanto, não teria acertado o alvo. A TV Câmara, que transmite ao vivo a sessão desde as 14h, não exibiu o momento.
Foto: Reprodução/ TV Câmara |
Antes, quando estava ao microfone para declarar a posição, Wyllys condenou Bolsonaro por ter exaltado o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura militar.
Em uma postagem no Facebook, o deputado Jean Wyllys afirmou que Bolsonaro o insultou após seu voto contra o impeachment. "Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando "veado", "queima-rosca", "boiola" e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista", escreveu.
Ainda segundo Jean, o feito não será negado nem motivo de vergonha. "É o mínimo que merece um deputado que 'dedica' seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace. Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar quieto ou com medo desse canalha", finalizou.
Durante o voto, Jean se disse "constrangido por participar dessa farsa, dessa eleição indireta, conduzida por um ladrão, urdida por um traidor, conspirador, e apoiada por torturadores, covardes, analfabetos políticos e vendidos".
"Em nome dos direitos da população LGBT, do povo negro exterminado das periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem teto, dos sem terra, eu voto não ao golpe. E durmam com essa, canalhas", continuou ao classificar o processo como sexista.
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