O mecânico Boaventura de Andrade, de 60 anos, foi preso na terça-feira (31), no município de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, acusado de ter abusado sexualmente das duas enteadas de nove e dez anos, a última podendo estar grávida a depender de resultado de exame. Policiais civis da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) foram à casa do acusado com um mandado de prisão preventiva, na Rua Itambé, no bairro São Lourenço, e efetuaram a prisão. De acordo com informações da delegada titular, Kátia Guimarães, a denúncia partiu de uma professora, após a menina de dez anos revelar que sofria violência. “Ela ficou sensibilizada quando viu uma palestra sobre exploração sexual na escola e conversou com a professora que chamou o Conselho Tutelar. A garota foi levada para a delegacia e depois encaminhada para a uma psicóloga, para quem contou com detalhamento o abuso sofrido. Exames também comprovaram o crime”, disse a delegada. Ainda de acordo com a delegada, a mãe da criança foi informada soube o crime cometido pelo marido na segunda-feira (30), e teve de disfarçar durante toda a terça-feira (31), para que a polícia pudesse agir. “Não foi uma situação boa. Mas eu acredito no Deus que eu sigo. São minhas filhas e elas precisavam de mim”, disse a mãe das vítimas que tentou manter a calma, já que as crianças o marido percebeu que estava ‘diferente’ e que as meninas estavam na casa da avó. O pai da criança que soube apenas do ocorrido hoje, esteve nesta manhã na delegacia, com a ex-mulher, e disse a polícia estar transtornado com o que aconteceu as filhas. Segundo a mãe das garotas, que serão acompanhadas pela psicóloga do Conselho Tutelar, ela conheceu o acusado há cinco anos quando trabalhava em um hotel, onde Boaventura que estava como hóspede. A delegada Kátia Guimarães informou que o acusado nega o crime apesar das provas. Agora a polícia investiga se o mecânico que ficará custodiado na unidade tem registro de outros crimes. Gratidão - A mãe das meninas disse ainda que será eternamente grata pela sensibilidade da professora que percebeu a aflição de sua filha. “Eu diria que ela foi um anjo de guarda na vida de minhas filhas. Minha filha não contou pra mim, mas contou para a professora. Ela chegou no dia da palestra sobre exploração sexual e pediu para a colega fazer uma pergunta. Quando a colega perguntou, a professora pediu para saber quem queria saber a informação. Aí então, descobriu tudo. Se não fosse isso, como a gente iria descobrir?”, ressaltou.
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