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Grandes indústrias se opõem a estilos de vida saudáveis, afirma diretora-geral da OMS

Uma vez que as doenças não transmissíveis têm ultrapassado as infecciosas como a principal causa de morte no mundo, os esforços para alcançar uma vida saudável são mais do que nunca imprescindíveis, afirmou a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan.

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12/06/2013 às 8:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:37 - há XX semanas
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A diretora-geral da OMS fez uma crítica dura às indústrias do tabaco, álcool, refrigerante e alimentícia.
Foto: OMS/Pierre Albouy

Uma vez que as doenças não transmissíveis têm ultrapassado as infecciosas como a principal causa de morte no mundo, os esforços para alcançar uma vida saudável são mais do que nunca imprescindíveis, afirmou a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan. Ela acrescentou que o crescimento econômico tem aumentado as condições para a manifestação dessas enfermidades.

"Hoje a situação se inverte. Em vez de as doenças desaparecerem com a melhoria das condições de vida, o progresso socioeconômico está na verdade criando as condições que favorecer o surgimento de doenças não transmissíveis", indicou Margaret na segunda-feira, 10 de junho, durante a oitava Conferência Global sobre a Promoção da Saúde, realizada em Helsinque (Finlândia).

Na visão da OMS, a formulação de políticas de saúde deve ser protegida de distorções por interesses comerciais.

O crescimento econômico, a modernização e a urbanização são vistos pela diretora-geral da OMS como "uma grande porta de entrada para a propagação de estilos de vida pouco saudáveis". Porém, a promoção da qualidade de vida, atualmente, entra em choque com uma oposição "não tão amigável"- empresas das indústrias do tabaco, alimentícias, de refrigerante e do álcool.

De acordo com Margaret, as empresas desses segmentos temem a regulação e se protegem usando as mesmas táticas, que incluem lobbies, promessas de autorregulação, processos e pesquisas financiadas pelo próprio empreendimento que "confundem as provas e mantém o público em dúvida".

As empresas fazem doações e contribuições para causas nobres, o que as promovem como cidadãos corporativos respeitáveis aos olhos dos políticos e do público. Essas indústrias procuram transferir a responsabilidade pelos danos à saúde para os próprios indivíduos e retratam as ações do governo como interferência nas liberdades pessoais e livre escolha, defende Margaret.

"O poder do mercado prontamente se traduz em poder político. Poucos governos priorizam a saúde no lugar de um grande negócio. "Na visão da OMS, a formulação de políticas de saúde deve ser protegida de distorções por interesses comerciais", conclui a chefe da OMS.

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