Vítima de racismo em partida contra o Grêmio pela Copa do Brasil, em agosto deste ano, o goleiro do Santos, Aranha revelou que depois do episódio até seus filhos foram vítimas de preconceito na escola que estudam. "Meus filhos receberam muitas mensagens ruins depois do caso. Eles foram xingados de macaco. Houve isso na escola. É difícil, porque você tem que ensinar seu filho a não revidar, a não ser violento. Mas como ensiná-lo a aceitar isso? Não posso deixar ele aceitar. Se eu fizer isso, não serei um bom pai. Conversei com a diretora, e ela disse que ia chamar a atenção, mas ficou por isso mesmo. Mesmo com essas consequências, não me arrependo da minha atitude", disse Aranha em entrevista ao jornal 'Folha de S. Paulo'.
Além disso, o atleta revelou que sentiu ódio dos torcedores que o insultaram durante a partida e que não se arrepende de ter denunciado o caso, que culminou na exclusão do time gaúcho da Copa do Brasil. "Eu vi que tinham negros me xingando e concordando com isso na arquibancada. Podia ter ido embora, sair de perto. Agora seguir ali e concordar com aquela situação é burrice", disse à publicação. Entenda o caso Na época em que ocorreu o fato, sete pessoas foram identificadas pela Polícia, mas apenas quatro foram indiciadas. Entre elas, Patrícia Moreira, que foi flagrada pelas câmeras do canal ESPN Brasil chamando Aranha de "macaco". Depois de ser criticada pelos insultos racistas feitos contra o goleiro, Patricia chegou a ganhar apoio através das redes sociais. "Apoiamos Patricia Moreira contra a hipocrisia do Politicamente Correto" foi o nome da página criada no Facebook para defender a torcedora. Em seguida o advogado da moça registrou um boletim de ocorrência solicitando a retirada da página do ar alegando uso indevido do nome e imagem de sua cliente. Após o ocorrido, Patricia disse que gostaria de pedir perdão ao jogador pessoalmente, no entanto, o goleiro não quis nem ouvir falar na possibilidade de ter de conhecer a jovem. Ela chegou a participar do 'Encontro com Fátima Bernardes' e desabafou. Dizendo-se "arrependida e com medo". Além disso, Patricia afirmou em entrevista ao jornal 'Zero Hora', que deseja se tornar um "símbolo nacional contra o racismo", e que pretende ajudar o time com questões sociais.
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