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Os fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), decidiram entrar em greve nesta segunda-feira (8), por tempo indeterminado. Além de um reajuste salarial, a categoria exige realização de concurso público, implantação da escola de formação profissional da carreira, mudanças no processo seletivo de gerência da pasta e regulamentação da situação de servidores cedidos ao Ministério da Pesca. De acordo com Wilson Roberto de Sá, presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), essa pauta de reivindicações vem sendo discutida com o governo desde maio. “A greve foi aprovada porque não vimos atendimento durante as tratativas com o governo federal”, afirmou em entrevista. O reajuste salarial reivindicado pela categoria é o mesmo que consta da pauta dos demais servidores federais em greve: correção salarial de 22,08%, índice que equivale à aplicação da inflação desde 2010 e ao crescimento registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) – soma de riquezas e bens produzidos pelo país. A greve dos fiscais agropecuários foi aderida em todo o Brasil. Segundo Francisco Mandarino, delegado sindical da entidade na Bahia, a adesão da greve foi de 80% da categoria no estado, e os fiscais só atendem a liberação de produtos perecíveis, para instituições filantrópicas ou através de um mandado de segurança. Os fiscais agropecuários têm a função de monitorar o trânsito de produtos nos portos, aeroportos e fronteiras, além do uso de defensivos nas lavouras, a fim de evitar contaminação provocada por animais, plantas ou agrotóxicos. Segundo Wilson de Sá, atualmente, há apenas 3.246 funcionários realizando esse trabalho em todo o território nacional.
*Com informações da Agência Brasil