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| Caso Nilo indefira pedido, ainda há chance de CPI acontecer |
O deputado Uziel Bueno (PTN) protocolou na terça-feira (14), na mesa diretora da Assembleia Legislativa, o requerimento que pede a instalação da CPI da Bola, a Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende investigar denúncias de corrupção no futebol baiano. O documento foi assinado por 24 deputados, três a mais que o necessário. Mas, para começar a funcionar, a CPI precisa da autorização do presidente da Assembleia, o deputado Marcelo Nilo (PDT), que se posicionará sobre o caso só na semana que vem.
"Vou pensar, ouvir o jurídico, ouvir os líderes. Analiso tecnicamente, mas minha decisão será política. Primeiro: é função do parlamento investigar um time de futebol? Politicamente é viável para a casa?", pondera. Caso Nilo indefira o pedido de abertura da CPI, o requerimento só terá validade se for aprovado pela maioria absoluta dos deputados (32).
Autor da CPI, Uziel assegura que o foco inicial dos trabalhos será a denúncia protocolada na Procuradoria-Geral da República contra o presidente do Bahia, o deputado federal Marcelo Guimarães Filho (PMDB), acusado de formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro. Além do presidente, são denunciados o ex-gestor de futebol Paulo Angioni, o coordenador da divisão de base Newton Mota e o sócio-proprietário da empresa Calcio Investments in Sports, André Garcia.
De acordo com o documento, a Calcio seria beneficiada com a venda de atletas formados no Bahia. "É o nosso ponto de partida. O caso tem que ser investigado aqui na Bahia", disse Uziel. O deputado Leur Lomanto Jr. (PMDB), que assinou a CPI, lembra que outros assuntos interessam. "A abrangência será grande. Queremos investigar a federação, a imprensa, tudo", afirmou.
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Matéria original: Jornal Correio*
CPI da Bola consegue assinaturas suficientes
