O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves disse nesta segunda-feira (18) que a pesquisa Datafolha indica a "certeza" de realização de um segundo turno nas eleições. Apesar de evitar a polarização com Marina Silva (PSB), com quem está em empate técnico, em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o tucano citou "experiência política e de gestão" como trunfo de sua campanha. "Ficou claro que vai ter segundo turno. Era uma perspectiva cada vez mais provável. Hoje é uma certeza. A nossa experiência política, inclusive de gestão, será muito importante para que o Brasil encontre um novo caminho de crescimento econômico, maior oportunidade de emprego e qualidade de vida", disse Aécio, em visita à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na favela Dona Marta, na zona sul do Rio. De acordo com o Datafolha, Marina Silva entra na disputa pela Presidência com 21% das intenções de voto, um ponto à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves, e 15 pontos atrás de Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. A candidatura de Marina só deve ser oficializada na quarta-feira (20), após reunião da Executiva Nacional, em Brasília. O presidente nacional dp PSB, Roberto Amaral, não descartou o nome de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco, como vice na chapa. Na simulação para o segundo turno, Marina aparece na frente de Dilma, com 47% das intenções de voto contra 43% da presidente. Contra Aécio, Dilma venceria o segundo turno por 47% a 39%. Em meados de julho, o cenário era de 44% a 40%, o que é considerado empate técnico. Ainda segundo a pesquisa, a hipótese de eleição no primeiro turno é afastada porque Marina surgiu com quase o triplo das intenções de voto em Campos (8%), porém sem provocar alteração nas taxas dos rivais. As intenções de voto nulo ou em branco eram 13%, mas com Marina como candidata, recuou para 8%. Indecisos eram 14% e agora são 9%. O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agostoAinda durante a entrevista, o candidato do PSDB atribuiu o empate à mudança no quadro eleitoral. Ele afirmou que não focará críticas a Marina, mas sim ao governo federal. "É claro que há uma mudança no quadro eleitoral. Ela se reflete nas pesquisas.O que não muda é nossa determinação e convicção de que temos o melhor projeto para o Brasil. Nossa proposta é de oposição ao governo que está aí", disse ele.
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