O comandante Osvaldo Barreto, da lancha Cavalo Marinho I que naufragou entre Mar Grande e Salvador na quinta-feira (24), está com dificuldades para dormir e pressão alta. Segundo a CL Transporte Marítimo, dona da embarcação, ele procurou por auxílio psicológico na Casa Paroquial nesta quinta (31), onde duas assistentes sociais e um psicólogo, estão de plantão atendendo os sobreviventes e as famílias das vítimas.
Em nota, a CL informou que os profissionais fizeram o acolhimento dos envolvidos no acidente, o encaminhamento de pedidos, como avaliação médica e retirada de documentos, e deram auxílio psicológico aos sobreviventes e familiares. Algumas pessoas pediram também ressarcimento por perda de celular, óculos e outros pertences.
"Algumas vítimas presentes fizeram questão de cumprimenta-lo pela coragem que mostrou ao salvar várias pessoas após o naufrágio. Foi o caso de Jucimeire Santos Santana que elogiou a atitude da empresa para confortar as famílias. Ela deu um abraço forte no comandante Osvaldo Barreto e disse que ele foi um herói dentro da fatalidade que foi o acidente", diz a nota.
O marinheiro contou, dias depois da tragédia, que a embarcação virou depois de ser atingida por uma onda forte, lançando todos os passageiros e tripulantes ao mar. Ele disse que conseguiu, juntamente com outros três membros da tripulação, salvar algumas vidas e atribuiu as causas do acidente ao mal tempo.
A CL disse também que providenciou auxílio funeral para as vítimas e que está apoiando, com hospedagem e alimentação, a equipe do Corpo de Bombeiros que participa das buscas pela adolescente de 12 anos que estava na embarcação. A empresa afirmou que solicitou à Agerba o deslocamento de uma unidade do SAC Móvel para Mar Grande, para facilitar a retirada de documentos.
O grupo de assistência social também está atendendo através do telefone (71) 9.9935-2659.
A lancha Cavalo Marinho I virou na Baía de Todos os Santos quando fazia a travessia de Mar Grande, na Ilha de Vera Cruz, para Salvador, com 124 pessoas a bordo. No total, 19 passageiros morreram e uma adolescente segue desaparecida. Nesta quinta (30), o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, celebrou a missa de 7º Dia pelas vítimas da tragédia, na igreja matriz de Mar Grande.
As lanchas transportam cerca de 5 mil passageiros por dia e a travessia foi retomada cinco dias depois do acidente. O Ministério Público da Bahia pediu que o serviço seja suspenso até que a segurança e a eficiência do serviço seja garantida.
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Redação iBahia
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