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Caso Yoki: Justiça nega pedido de liberdade de Elize Matsunaga

Polícia aguarda conclusão dos laudos do crime para encerrar o inquérito

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12/06/2012 às 16:30 • Atualizada em 14/09/2022 às 10:52 - há XX semanas
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O pedido de revogação da prisão temporária de Elize Matsunaga, enviado à Justiça na segunda-feira (11) pelo advogado Luciano Amaral, foi negado pelo juiz Théo Assuar Gragnano. Ela confessou ter matado e esquartejado o marido, o diretor-executivo da empresa de alimentos Yoki, Marcos Matsunaga, 42. "Não se pode, à míngua de qualquer elemento probatório, presumir que a autoridade policial esteja protelando desnecessariamente a conclusão das investigações (...) Com essas considerações, não demonstrada a alegada ausência de diligências pendentes de realização, indefiro o pedido de revogação da prisão temporária", escreveu o juiz em sua decisão, segundo o G1. Para o advogado de defesa, a prisão deveria ser revogada porque não é legal. "A prisão temporária se tornou ilegítima a partir do momento em que as investigações terminaram. A prisão temporária serve apenas para fins de investigação. A partir do momento que está esclarecido não tem porque ficar em prisão temporária", afirmou à Folha Online. A polícia informou ainda na segunda-feira que já encerrou a fase de depoimentos. Após a conclusão dos laudos do crime, o inquérito será encaminhado à Justiça. A previsão é que o inquérito seja concluído nesta semana. Amante e brigaEm depoimento, uma amante do executivo, a garota de programa identificada pelo nome falso de Natália, confirmou o relacionamento com o empresário e ainda contou que ganhou um carro de presente dele. A declaração foi dada em depoimento à polícia, na sexta-feira, mas só foi divulgada nesta segunda (11). Elize Matsunaga, confessou ter matado o marido com um tiro na cabeça depois de ter sido agredida por ele numa discussão no apartamento do casal em São Paulo. O motivo da briga foi a descoberta da traição. Durante o embate, o empresário teria chamado a esposa de “prostituta” e ameaçado tomar a guarda da filha do casal, que estava em casa no momento do crime. “O início da discussão foi essa traição. O início, mas não foi só por isso que teve todo esse desfecho”, afirmou advogado. Natália teria sido estopim para a briga entre Matsunaga e a mulher. Depois de atirar, Elize esquartejou o corpo com uma faca e colocou as partes em três malas. O crime ocorreu por volta das 19h de 19 de maio. Veja imagens que mostram Matsunaga com a amante: [youtube Cmffw_kOlZ0] LaudosEntre os laudos aguardados do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) estão o que irá revelar a arma do crime. Uma pistola que foi deixada por Elize em uma base da Guarda Civil Metropolitana horas antes de ser presa, em 5 de junho, é avaliada. Outros laudos que faltam são o do corpo e a do local do crime. O delegado responsável pela investigação, Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), descartou a possibilidade de Elize ter sido ajudada por uma outra pessoa para cometer o crime, o que confirma o depoimento dela à polícia. Elize responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel e ocultação de cadáver. EsquartejamentoO delegado informou que peritos da Polícia Técnico Científica disseram que Elize levou seis minutos para colocar os membros da vítima nas malas e descer com elas da cobertura do prédio até o estacionamento. As partes do corpo foram localizadas em Cotia, na Grande São Paulo, em 27 de maio. As malas e a faca usadas no crime ainda não foram achadas. As malas teriam sido jogadas numa lixeira de uma rua e a faca no lixo de um shopping na capital. Após atirar no marido, Elize - que é bacharel em Direito, técnica em enfermagem e era considerada uma boa aluna por professores - disse que esperou cerca de dez horas o corpo esfriar para evitar um sangramento maior da vítima. Depois, colocou as partes do corpo em sacos plásticos e os jogou em um terreno baldio. Ela afirmou também que se desfez do corpo no mesmo dia e que costumava passar pela região onde depositou os restos mortais a caminho de um sítio em Ibiúna. Na presença de seu advogado, Elize contou que demorou cerca de quatro horas para esquartejar o marido. Depois, limpou o banheiro para evitar rastros. A filha do casal, de 1 ano, estava no apartamento na hora do crime. A família do executivo disse que não vai disputar a guarda da criança. Redução da penaUm suposta agressão e humilhação sofrida pelo marido, pode servir como atenuantes para o assassinato e reduzir a pena de Elize. Segundo informações do Jornal da Globo, a defesa da acusada acredita que esse é o principal atenuante para reduzir a sentença e reiterar que ela não premeditou o crime.

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