A titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Rosemma Maluf, afirmou em entrevista ao
iBahia nesta segunda-feira (9), que as
baianas de acarajé licenciadas continuarão vendendo as iguarias nos
80 quiosques que serão construídos em toda Orla Marítima de Salvador, mas não nas areias da cidade, já que o local não possui abastecimento de água, nem saneamento. "É proibido manufaturar produtos na praia por não haver abastecimento de água, nem saneamento no local. Isso quem está dizendo é a legislação e não a prefeitura", explicou. Segundo Rosemma, como a areia é de domínio da União, a prefeitura não pode decidir quem fica ou não no local. "Isso é uma determinação da União e da Justiça Federal. Cabe a secretaria ordenar e fiscalizar o que for decidido. A areia é domínio da União e o uso dela está sendo discutido com a Justiça", ressaltou. A primeira fase de ordenamento do projeto deve começar em janeiro de 2014, com uma atenção especial aos donos de barracas de praia, que desde a demolição das mesmas estão aguardando uma determinação para voltarem ao trabalho. "Nós já estamos caminhando com o projeto para, justamente, a partir de janeiro sair a primeira fase de ordenamento. Principalmente a parte dos barraqueiros, que vem sofrendo há muito tempo e precisam ser contemplados até mesmo com as
tendas removíveis", explicou. A secretaria afirmou ainda que a prefeitura irá garantir um local de trabalho para todos os trabalhadores que forem licenciados. "Todas as baianas que têm licença vão poder trabalhar, assim como os vendedores de água de coco. Hoje nós temos 108 baianas licenciadas pela prefeitura, especificamente na orla. Caso exista um número maior, as excedentes deverão procurar a Semop e buscar definir a situação. Depois, mesmo que não tenham mais quiosques, nós vamos procurar colocá-las em outro local, como por exemplo nas tendas removíveis".