Por conta da greve da Polícia Militar, deflagrada nesta terça-feira (15), a Guarda Municipal de Salvador resolveu paralisar as atividades por tempo indeterminado. Em entrevista ao
iBahia, o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Bruno Carianha, revelou que por causa do clima de insegurança, os guardas estão recolhidos na Sede da corporação, na Fazenda Grande do Retiro. Segundo ele, como a categoria não tem nada a reivindicar, não há greve, mas até que seja restabelecida a ordem na capital baiana, os guardas municipais não irão se arriscar. "Nós estamos paralisados por conta da falta de segurança da cidade. Se continuar, nós não vamos trabalhar. Se a segurança for restabelecida, com Polícia Militar, Civil e todas as corporações voltando, a gente volta a trabalhar normalmente. O efetivo operacional está resguardado na sede e o patrimonial não tem ido ao trabalho, tem ficado em casa. Somente aqueles onde a área de atuação é mais tranquila estão indo, só que a paisana. Nos locais que possuem um índice de periculosidade maior, os guardas não foram", disse.
Confira tudo sobre a greve da Polícia Militar em TEMPO REAL aqui De acordo com Bruno, a corporação sequer ficará de prontidão nas estações de ônibus da capital. "Diferente do que o Prefeito falou, a Guarda Municipal não está cobrindo as Estações de Transbordo! Não temos efetivo, nem armamento o suficiente. São 96 guardas armados apenas e isso não é o suficiente para cobrir a cidade inteira", contestou. Em contato com o
iBahia, um guarda que não quis ter sua identidade revelada, contou ainda que além do recolhimento por falta de segurança, um dos motivos da paralisação seria a cautela com o relacionamento com a PM. Segundo ele, a Guarda Municipal quer se manter neutra com relação aos protestos e não pretende bater de frente com os militares que se recusam a trabalhar.